sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Carnaval com Cristo promovido pela Renovação Carismática Católica terá início hoje


 Terá início logo mais a noite com a santa missa celebrada por Pe.Costa pároco de Nossa Senhora da Guia no Centro Pastoral Cônego Deoclides de Brito Diniz, o Carnaval com Cristo promovido pela Renovação Carismática Católica, serão cinco de muitas bênçãos e manifestações do amor de Deus.
Logo após a santa missa a juventude sairá em um grande arrastão que percorrerá as principais ruas da cidade.

Fonte: Blog Clébio Medeiros

Papa: “O bispo deve ser testemunha humilde e corajosa de Cristo”

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O Papa Francisco reuniu-se nesta quinta-feira, no Vaticano, com os membros da Congregação para os Bispos.

“A Igreja precisa de pastores autênticos que cuidem de seu rebanho”, afirmou o Santo Padre em seu discurso, traçando o modelo ideal de um bispo:

“Precisamos de alguém que vele por nós. Precisamos de alguém que nos olhe com a amplidão do coração de Deus. Não precisamos de um dirigente, um administrador de empresa e não precisamos de uma pessoa que esteja no nível de nossa pequenez ou pequenas pretensões. Precisamos de alguém que saiba estar à altura do olhar de Deus sobre nós para nos conduzir a Ele. Somente no olhar de Deus existe futuro para nós.”

Segundo o Papa Francisco, é preciso reconhecer que “não existe Pastor padrão para todas as Igrejas”. “Cristo conhece o pastor que cada Igreja possui. O nosso desafio é entrar na perspectiva de Cristo, levando em conta a singularidade das Igrejas particulares”, disse ainda o pontífice.

“Para escolher esses ministros precisamos ir além das preferências, afinidades, pertenças ou tendências e entrar na amplidão do horizonte de Deus. Precisamos de pastores dotados de parresía (audácia de anunciar com coragem o Evangelho, ndr), não condicionados pelo medo”, frisou o Papa Francisco, convidando a Congregação para os Bispos a desempenhar a sua tarefa com “profissionalismo, serviço, santidade de vida e santa inquietação”.

O Papa frisou que “o futuro da Igreja vive sempre em suas origens”, e destacou a importância da unidade eclesial e da sucessão ininterrupta dos bispos. O Santo Padre sublinhou que o bispo deve ser uma testemunha humilde e corajosa de Cristo.

“Quem é testemunha do Ressuscitado? É aquele que seguiu Jesus desde o início e foi constituído com os Apóstolos testemunha de sua Ressurreição. Também para nós este é o critério unificador: o bispo é aquele que sabe tornar atual tudo o que aconteceu com Jesus, e sabe, sobretudo, junto com a Igreja, ser testemunha de sua ressurreição”.

“O bispo é um mártir do Ressuscitado. Não é uma testemunha isolada, mas junto com a Igreja. A sua vida e seu ministério devem tornar crível a Ressurreição”, disse ainda o Papa Francisco que acrescentou:

“A coragem de morrer, a generosidade de oferecer a própria vida e dedicação total ao rebanho estão inscritos no DNA do episcopado. A renúncia e o sacrifício são conaturais à missão episcopal. Quero enfatizar isso: a renúncia e o sacrifício são conaturais à missão episcopal. O episcopado não é para si, mas para a Igreja, para o rebanho, para os outros, sobretudo para aqueles que, segundo a lógica do mundo, devem ser descartados”.

O Santo Padre frisou que o perfil de um bispo não é a soma algébrica de suas virtudes. O bispo deve se destacar por sua integridade, solidez cristã, fidelidade à verdade, transparência e capacidade de governar.

“Os bispos devem ser antes de tudo kerigmáticos, porque a fé vem do anúncio. Precisamos de homens guardiões da doutrina não para avaliar como o mundo vive longe da verdade que a doutrina contém, mas para fascinar o mundo com a beleza do amor, para seduzi-lo com a oferta de liberdade doada pelo Evangelho”, disse ainda o pontífice.

“A Igreja não precisa de apologistas de suas causas, mas de semeadores humildes e confiantes da verdade. Os bispos devem ser homens pacientes, conscientes de que a cizânia nunca será capaz de preencher o campo. A missão do bispo requer assiduidade e cotidianidade”, disse ainda Francisco.

O Santo Padre concluiu dizendo que os bispos devem ser homens de oração e que a Igreja precisa de pastores autênticos, não donos, mas servos da Palavra de Deus.

Fonte: Rádio Vaticano 

Papa: “Acompanhar, e não condenar, casais que fracassam no amor”

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A capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, estava repleta na manhã desta sexta-feira, 28, como todos os dias em que o Papa celebra a missa da manhã. Comentando a leitura do Evangelho, Francisco dedicou sua homilia à beleza do matrimônio e advertiu que se deve acompanhar – e não condenar – aqueles que fracassam no amor.

O Pontífice iniciou relatando que no Evangelho de Marcos, os fariseus vão a Jesus e lhes apresentam o problema do divórcio, questionando se era lícito ou não.
“Jesus respondeu explicando aos fariseus porque Moisés havia feito aquela lei. Deixando a casuística de lado, ele vai ao centro do problema e chega aos dias da Criação. A casuística é uma armadilha: “por detrás da mentalidade de reduzir tudo a casos, existe sempre uma armadilha contra as pessoas e contra Deus, sempre!”.

O Papa citou depois a referência ao Gênesis: “Desde o princípio da Criação, ele os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará o seu pai e a sua mãe, e os dois serão uma só carne”.

“Deus – disse o Papa – não queria que o homem ficasse sozinho, queria uma companheira para seu caminho. O encontro de Adão com Eva é ‘momento poético’. Por outro lado, esta obra de arte do Senhor não acaba ali, nos dias da Criação, porque o Senhor escolheu este ícone para explicar o seu Amor pelo povo”.

“Quando Paulo deve explicar o mistério de Cristo, se refere à sua Esposa, porque Cristo é casado, casado com a Igreja, seu povo. Como o Pai havia se casado com o Povo de Israel, Cristo se casou com o seu povo. Esta é a história do amor, e diante deste caminho de amor, deste ícone, a casuística decai e se transforma em dor. “Quando deixar o pai e a mãe e unir-se numa só carne se transforma num fracasso – e isso pode acontecer – devemos acompanhar as pessoas que sofrem por terem fracassado no próprio amor. Não condenar, mas caminhar com eles e não fazer casuística com eles”.

“Deus abençoou esta obra de arte de sua Criação, e nunca retirou a sua benção.. nem o pecado original a destruiu! Quando se pensa nisso, se vê “como é lindo o amor, o matrimônio, a família; como é bonito este caminho e como devemos estar próximos de nossos irmãos e irmãs que tiveram a desgraça de um fracasso no amor”.

Fonte: Rádio Vaticano 

O Reino de Deus e sua Justiça

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Nos dias de Carnaval voltam às ruas fantasias de reis e rainhas, para que o “reinado” de “Momo” se estabeleça, e “tudo acabar na quarta-feira”. Volta então o quotidiano, com suas lutas, tristezas ou alegrias. Muitas pessoas precisarão de muitos fins de semana, com farras, bebibas ou baladas para se desafogarem, seja qual for o tempo do ano. E a vida vai adiante, como se fossem necessários espasmos de exuberância, barulho ou exagero. É o reino da sensibilidade e da superficialidade, ao qual arriscamos ficar acostumados. Nasce no coração de muitas pessoas a pergunta a respeito de uma maior continuidade de sentimentos, marcada pela serenidade. A resposta não está no barulho ou na correria, mas dentro do coração e mais alto, no ponto de chegada das escolhas a serem feitas. Quando estas se realizam em torno de valores consistentes, tudo muda. Divertir-se passa a ser partilha de vida, a alegria brota de dentro e contagia, as festas deixam de ter o gosto amargo da ressaca ou da vergonha e a felicidade verdadeira se instala.

Jesus se proclamou Rei e anunciou que seu reino não é desse mundo. Sua paixão era o Reino de Deus. Fala de Reino dos Céus, usa inúmeras parábolas para dele aproximar as pessoas, mostra-o presente dentro e perto de nós, suscita vigilância em seus discípulos para a sua chegada. Um dia, é nossa esperança e certeza, Ele virá glorioso para julgar os vivos e os mortos e o seu Reino não terá fim. Até lá, os cristãos têm a tarefa ao mesmo tempo exigente e gloriosa de anunciar este Reino. Sua vida há de ser de tal modo coerente que as pessoas se sintam atraídas a ponto de aderirem ao Senhor e ao seu Reino. Não é necessário competir ou guerrear com os reinos do mundo, mas implantar os valores do Evangelho, que acolhem e elevam todas as realidades humanas, dando-lhes sentido e rumo.

Da própria natureza (Mt 6,24-34) o Senhor tira comparações para explicar o Reino de Deus. Quando tanta gente tem necessidade de se enfeitar ou se maquiar, em busca de fantasias para o ano inteiro, o Senhor faz voltar os olhos para as flores do campo, que se vestem melhor do que Salomão ou todos os reis da terra. São simples, tirando da terra só e tão somente o que precisam para serem vivas e bonitas. Nelas o Pai do Céu inscreveu uma harmonia que nenhum artista consegue imitar. Olhando-as, nasce nas pessoas apaixonadas pelo Reino de Deus um bom gosto diferente. Em torno de si, a casa, a roupa ou o ambiente começam a ficar diferentes, para melhor, porque elas existem. Sem exageros, saem plantando uma ordem nova, sem imposições, recolhendo o que existe de bom, integrando pessoas e coisas. Sua presença não pesa, mas constroí relacionamento com os outros. Seu jeito de viver, antes de analisar ou criticar, recolhe o bem e a beleza.

Sabemos que muitas pessoas “curtem” a natureza, mas a contribuição dos cristãos é diferente. A poesia da vida nasce do relacionamento com Deus e a justiça de seu Reino. A natureza não é divinizada, mas acolhida e amada por pessoas que fizeram escolhas de vida, recebendo o chamado a seguir Jesus e os valores do Reino de Deus. Não vão em busca de forças extraordinárias, mas descobrem o extraordinário da vida no relacionamento com Deus.

Também o “reino” animal é carregado de lições que apontam para o “Reino de Deus”. Os pássaros dos céus, que não semeiam, não colhem nem ajuntam em armazéns (Cf. Mt 6, 26), são sinais do amor com que Deus cuida dos seus. Olhar para eles e descobrir as lições que o Senhor nos oferece é sabedoria! Confiança, liberdade, entrega! Asas que se abrem e muitas pessoas até encontram jeito de “voar”, com instrumentos esportivos que possibilitam sentir o gostinho de tais alturas! Entretanto, maiores altitudes podem ser alcançadas mesmo com os pés no chão, por quem se entrega confiante nos braços do Pai, vivendo bem cada momento presente, ouvindo o apelo do Senhor: “Nãovos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá sua própria preocupação! Para cada dia bastam seus próprios problemas” (Mt 6, 34).

Indo além de plantas ou pássaros, Jesus remete seus discípulos de todos os tempos à escolha que decide tudo: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Mt 6, 33). Não somos ingênuos, pensando que Deus estará à nossa disposição para oferecer roupa e alimento, mas sabemos que sua Providência Santíssima age e se realiza também através de nossas escolhas diárias. Buscar a justiça do Reino de Deus quer dizer coerência com a verdade e retidão no agir. Se assim nos decidimos, o espaço está aberto para que Deus realize sua obra. A culpa da falta de comida ou de roupa, casa, abrigo, apoio, não está em Deus, mas nas estruturas injustas que se instalaram entre nós e que não correspondem em nada com o plano por Ele estabelecido. O paraíso terrestre, descrito no livro do Gênesis, continua sendo a referência para quem quer conhecer o projeto original! De lá para cá, muito estrago foi feito e muitas tarefas se apresentam para quem quer optar pelo que Deus pensa.

Na próxima semana, a Igreja inicia a Quaresma e lança em todo o Brasil a Campanha da Fraternidade, que toca num tema atual e desafiador, o tráfico humano. Não corresponde ao plano de Deus as pessoas serem transformadas em mercadorias, ou prostituídas. Atenta contra o Reino de Deus crianças ou jovens e adultos serem negociados para transplante de órgãos. Causa vergonha, revolta, e comoção que grita por soluções o tráfico de pessoas para trabalho escravo! Tudo isso clama por Reino de Deus! Desejamos contribuir para que nasça uma nova consciência social e todas as pessoas de boa vontade se unam para vencer esta terrível chaga social. A Campanha da Fraternidade quer ser mesmo uma Campanha de opinião pública, para suscitar novas práticas de relacionamento entre as pessoas.

A justiça do Reino de Deus exige que as pessoas sejam mais tratadas do que as plantas ou os animais! Sem desvalorizar a natureza, é hora de dar um salto de qualidade no relacionamento social. Afinal, no último dia da criação, na belíssima visão do Livro do Gênesis, foram criados o homem e a mulher e só deles se disse “à sua imagem e semelhança” (Cf. Gn 1, 26-31). Não permaneçamos inativos ou imóveis diante de ações que vilipendiam a beleza da obra de Deus. Esperamos um tempo novo e desejamos construí-lo juntos!

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Os cristãos incoerentes são um escândalo que mata – o Papa na missa em Santa Marta



O cristão incoerente dá escândalo e o escândalo mata – estas as palavras muito fortes do Papa Francisco, pronunciadas nesta quinta-feira na missa em Santa Marta. Tomando como primeiro estímulo da sua homilia um crisma administrado durante a Missa, o Santo Padre afirmou que quem recebe este sacramento manifesta a sua vontade de ser cristão. Quem pensa como cristão deve agir como cristão e apontou a leitura da Carta de S. Tiago:

“Ouvimos o Apóstolo Tiago que diz a alguns incoerentes, que se envaideciam de serem cristãos, mas exploravam os seus trabalhadores e diz assim: ‘Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo!’ É forte o Senhor.”

“Quem ouve isto até pode pensar que o disse um comunista. Não disse-o o Apóstolo Tiago! É Palavra do Senhor. É a incoerência. E quando não há coerência cristã e se vive com esta incoerência, faz-se o escândalo. E os cristãos que não são coerentes fazem escândalo.”

Este escândalo de que fala o Papa Francisco começa, desde logo, no tipo de atitude que um cristão deve ter para com os outros: acolher e testemunhar o amor de Deus. E tal como S. Francisco que disse para pregarmos o Evangelho em todo o tempo, se necessário também com as palavras, o Papa Francisco, sem se referir ao “pobrezinho de Assis” concretizou com um exemplo muito parecido e definidor da atitude de coerência que deve ter um cristão:

“Se tu te encontras – imaginemos – perante um ateu e ele diz-te que não crê em Deus, tu podes ler—lhe toda uma biblioteca, onde diz que Deus existe e mesmo provar que Deus existe, mas ele não terá fé. Mas se perante este ateu tu dás testemunho de coerência de vida cristã, alguma coisa começará a trabalhar no seu coração. Será precisamente o teu testemunho aquilo que o levará a esta inquietude, sobre a qual trabalha o Espírito Santo. É uma graça que todos nós, toda a Igreja deve pedir: ‘Senhor, que sejamos coerentes’.” (RS).

Fonte:Rádio Vaticano 

Que nossas mãos estejam a serviço do bem e não do pecado!


A Palavra de Deus, hoje, enviada ao nosso coração, nos ajuda a refletir sobre diversos pontos da vida de um seguidor de Nosso Senhor Jesus Cristo. São diversos ensinamentos de Jesus resumidos em uma pregação, mas, vamos nos deter ao núcleo da mensagem de Jesus para nós hoje. Porque, no primeiro momento, ela parece até um desafio para a nossa compreensão, Jesus está nos propondo uma “mutilação preventiva”.

Mas o que nós podemos tirar dessa mensagem profunda que Jesus diz a nós neste Evangelho de hoje? Porque se a mão, se o olhar e se o pé nos levam para o pecado, para o caminho do erro, o Senhor nos orienta que é melhor os tirar, os cortar, é melhor irmos deficientes e mutilados para o Reino dos Céus do que inteiros para o inferno.

A primeira coisa é que Deus está nos ensinando a nos prevenir contra as tentações. E os nossos órgãos vitais, que nos ajudam a viver e dão sentido à nossa vida, têm que nos ajudar a termos a vida em Deus. Por isso, o olho, a boca, os ouvidos, os pés, as mãos, enfim, todos os órgãos do nosso corpo, se forem bem usados nos conduzirão ao sentido pleno da vida. Mas se esses órgãos não forem bem usados, eles vão se pervertendo pelo mau uso e pelas más inclinações que existem dentro de nós.

E o que é melhor fazer então? Cuidar, assim como cuidamos da nossa saúde, da nossa higiene corporal, assim como nós cuidamos bem do nosso corpo (pelo menos, deveríamos cuidar!), nós devemos cuidar também da parte interna, daquilo que move o nosso olhar, daquilo que move os nossos pés; daquilo que move as nossas mãos e não permitir que os nossos instrumentos para o bem sejam usados para o mal, para o pecado, para a injustiça ou para as coisas erradas.

O que nós precisamos é ter controle sobre os nossos órgãos. Cuidado com olhar de cobiça, porque se eu alimentar um mau olhar, aquele olhar depois me leva a buscar coisas erradas; me leva a desejar mal, a querer mal e cobiçar o que não me pertence. Que tenhamos cuidado por onde os nossos pés estão andando, cuidado com a nossa mão e com aquilo que ela pega.

E hoje, em um mundo com tantos avanços tecnológicos, onde a TV, a internet e as literaturas estão todas ao nosso alcance, nós precisamos estar ainda mais vigilantes para que, tudo aquilo que Deus nos deu como dom, não nos leve para o inferno, mas sim para o céu! Por isso, coloquemos o nosso olhar, coloquemos nossas mãos, coloquemos os nossos pés a serviço do bem e não a serviço do pecado!

Deus abençoe você!

Fonte:.cancaonova.com

Sexualidade, forte expressão do amor de Deus

O amor autêntico, numa humanidade marcada pela inclinação ao egoísmo, ao hedonismo e às satisfações desmedidas do ego, frutos do pecado original, precisa ser aprendido e alimentado na sua Fonte.

A fonte do amor autêntico é o Deus amor – Deus Trindade – fonte e vida de comunhão, e as três dimensões deste amor – Eros, Amizade e Ágape, que estão sempre interagindo na única realidade do AMOR.
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A vivência desse amor vai amadurecendo a pessoa e tornando-a capaz de doar-se inteiramente por amor e, assim, encontrar a verdadeira alegria, sendo também instrumento de paz nas relações familiares e sociais.“Deus contemplou toda a sua obra e viu que tudo era muito bom!” Ao criar a diversidade, Deus cria para a relação, como é a sua essência de amor. Relacionar-se envolve todo o ser da pessoa, inclusive e, especialmente, sua sexualidade.A sexualidade faz parte da identidade mais profunda do ser humano: “É um componente fundamental da personalidade, um modo de ser, de se manifestar, de se comunicar com os outros, de sentir, de expressar e de viver o amor humano”. Essa é a concepção cristã da sexualidade. Assim, como modo de se relacionar e se abrir aos outros, a sexualidade tem como fim intrínseco o amor. Mais precisamente o amor como doação e acolhimento, como dar e receber. A sexualidade está na identidade da pessoa, mulher ou homem. Cada pessoa se relaciona com o mundo como mulher ou homem, conforme sua sexualidade.

Homem e mulher se complementam

Homem e mulher são diferentes e chamados à complementaridade. O casal, para ser um, como nos orienta a Palavra, não pode ser similar. Ao querer amar só o que é similar, manifesta-se o desejo de homogeneidade, ou seja, de querer prevalecer. Isto seria egocentrismo. Claro que não se excluem alguns aspectos que convergem entre si na convivência do casal e outros que serão construídos tendo sempre como alicerce o amor ágape.
Aceitar as diferenças é amor, e viver esta unidade na diversidade é obra da graça de Deus e da vontade humana por ela fortalecida. É o Espírito que faz a unidade entre os dois.
Numa visão cristã e natural, a similaridade impede a relação de amor, porque é gostar de si mesmo no outro, impedindo a fecundidade e a riqueza da diversidade.

“A sexualidade deve ser orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a torná-la verdadeiramente humana”. (João Paulo II)

A busca exclusiva e excludente da similaridade expressa em si uma certa incapacidade de viver as diferenças e, com elas, situações de conflito inerentes a quaisquer relações maduras.

Sexualidade e Genitalidade

A genitalidade é concebida aqui como referência ao aparelho reprodutor (órgãos sexuais). Ela faz com que os animais e seres humanos se reproduzam.
Compreender a sexualidade como genitalidade é reduzir a pessoa humana a uma vivência meramente instintiva do prazer sexual, o que subestima sua capacidade e necessidade essencial de amor recíproco.
Atualmente, sensualismo e genitalismo são instrumentos da busca do prazer pelo prazer e sugere a redução da sexualidade humana à animalidade.
A busca do prazer pelo prazer reduz as relações à predominância do Eros, e se este for o único motivador do relacionamento, certamente, em pouco tempo se esvazia e, não evoluindo, a relação é frustrada, pois se torna individualista, dominadora, manipuladora e fechada em si.
Ao contrário, sendo destinado ao amor pleno, o ser humano precisa evoluir ao amor maduro e autêntico para que alcance sua realização e alegria autênticas. Para isso, é necessário que, desde muito cedo, a criança seja conduzida a este amor autêntico, primeiro, pelo exemplo dos pais, e depois, pelo exercício das virtudes no seio familiar. Assim, a sexualidade humana poderá ser construída em direção à busca da sua maturidade, favorecendo a construção de relações humanas saudáveis e felizes.
O desenvolvimento da sexualidade saudável, que pode ou não abarcar a genitalidade (no caso do matrimônio), supõe o autodomínio, a capacidade do dom de si, e um certo espírito de renúncia em favor do bem do outro:
“Ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz” (cf. CIC -2339). Assim, o domínio de si mesmo é um trabalho a longo prazo e não definitivamente adquirido (cf. CIC -2342). O ambiente familiar, onde o casal vive o dom de si e caminha nessa direção em relação à educação dos filhos, é o terreno fértil que dará frutos de alegria, caridade, solidariedade, justiça e paz, transbordando progressivamente para a sociedade.
Portanto, o lar, é a primeira escola da vida cristã – lugar privilegiado do exercício das virtudes – onde se aprende a tolerância, o respeito às diferenças, a paciência, a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e a oferta da própria vida no serviço aos mais pequenos, aos doentes, aos idosos e no serviço recíproco de todos os dias, partilhando os bens, alegrias e sofrimentos:

O espaço da casa é espaço sagrado, onde ocorre a Eucaristia doméstica da oferta da vida por amor: “Onde dois ou mais estão reunidos em Meu nome, Eu estou no meio deles”.

É nesse contexto familiar que as crianças aprenderão a exercer sua sexualidade até à maturidade, tendo como referências fundamentais a mãe e o pai, que, em harmonia, buscam a unidade nesta complementaridade que enlaça as diferenças no dom mútuo de si.
Os papéis sociais exercidos pelo homem e a mulher no contexto familiar e social são importantes e devem corresponder à missão de cada um, concebida pelo Pai em seu plano de amor e felicidade para a humanidade.
Pretendendo favorecer a compreensão da realidade relacional entre homem e mulher na busca da complementaridade, trataremos na próxima edição das características mais gerais de cada um, que se definem a partir das influências hormonais, orgânicas, psicológicas, da história de vida individual, da leitura pessoal dessa história e do contexto sociocultural em que estão inseridos os indivíduos.

Fontes Bibliográficas:

1. Cencini, Amedeo. Celibato e Virgindade Hoje – Para uma Sexualidade Pascal. Editora: Paulus, 2005.
2. Teologia do Matrimônio – Compêndio. Editora: Santuário, 2009
3. . Papa Bento XVI. Deus Caritas Est – Encíclica Editora: Paulus, 2009
4. “Sexualidade, verdade e significado” – Encíclica de João Paulo II. Ed. Paulinas, 1998.
5. Catecismo da Igreja Católica. Ed. Paulinas, 1998.

Laura Martins

FONTE: Comunidade católica Shalom/Natal

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Audiência geral: “Doença e morte não podem nos separar de Cristo”

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A Unção dos Enfermos foi o tema da reflexão do Papa Francisco na audiência geral desta quarta-feira, na Praça São Pedro. Segundo a Prefeitura da Casa Pontifícia, cerca de 30 mil pessoas receberam bilhetes de ingresso para o encontro.
Jorge Mario Bergoglio completou a já tradicional volta da Praça com seu jipe aberto, parando diversas vezes para cumprimentar turistas e peregrinos. Muitas crianças estavam fantasiadas. Havia guardas suíços, palhaços, abelhas e joaninhas, e no meio deles, um menino de cerca de 4 anos, vestido de Papa, a quem Francisco sorriu e deu um beijo.
Depois de meia hora de contato com os fiéis, o Papa iniciou sua catequese. O Sacramento da Unção dos Enfermos era conhecido antigamente como “Extrema Unção”, pois se dizia que oferecia um conforto espiritual na iminência da morte. Hoje, o nome “Unção dos Enfermos” nos ajuda a estender o alcance à experiência da doença e do sofrimento, no horizonte da misericórdia de Deus.
Para explicar a profundidade do mistério da Unção, Francisco citou a parábola do Bom Samaritano, como está descrita no Evangelho de Lucas. O Bom Samaritano cuida de um homem ferido derramando sobre as suas feridas óleo e vinho.
“É o óleo abençoado pelos Bispos a cada ano, na missa do Crisma de Quinta-feira Santa, utilizado na Unção dos enfermos. O vinho, por sua vez, é o sinal do amor e da graça de Cristo, que se expressam em toda sua riqueza na vida sacramental da Igreja”.
A parábola prossegue narrando que o Bom Samaritano, sem olhar a gastos, confia o homem ferido aos cuidados do dono de uma pensão: este representa a Igreja, a quem Jesus confia os atribulados no corpo ou no espírito.
“É à Igreja, à comunidade cristã, somos nós, a quem cotidianamente o Senhor confia os aflitos no corpo e no espírito para que possamos continuar a lhes doar, sem medida, toda a sua misericórdia e salvação”.
Continuando a catequese, Francisco lembrou que também a Carta de São Tiago recomenda que os doentes chamem os presbíteros, para que rezem por eles ungindo-os com o óleo. “É uma praxe que já se usava no tempo dos Apóstolos”, completou o Papa.
De fato, Jesus ensinou aos seus discípulos a mesma predileção que Ele tinha pelos doentes e atribulados, difundindo alívio e paz, e lhes transmitiu a capacidade e o dever de continuar a dispor da graça especial deste Sacramento. “No entanto, isto não nos deve levar a uma busca obsessiva do milagre ou à presunção de poder obter sempre a cura”, ressalvou Francisco.
“O problema, disse o Papa, é que este Sacramento é pedido cada vez menos, e a razão principal reside no fato que muitas famílias cristãs, devido à cultura e à sensibilidade atuais, consideram o sofrimento e a morte como um tabu, como algo a esconder ou sobre o qual falar o menos possível. É verdade que o sofrimento, o mal e a própria morte continuam sendo um mistério, e diante dele, nos faltam palavras. É o que acontece no rito da Unção, quando de modo sóbrio e respeitoso, o sacerdote impõe as mãos sobre o corpo do doente, sem dizer nada”.
“Existe uma certa convicção de que chamar o sacerdote dá azar, que é melhor não chamá-lo para não assustar o doente”, disse o Papa, improvisando. “Há a idéia que depois do sacerdote, vem a agência funerária…”.
Por isso, diante daqueles que consideram o sofrimento e a morte como um tabu, deixando de se beneficiar com esse Sacramento, é preciso lembrar que “no momento da dor e da doença, devemos saber que não estamos sozinhos. O sacerdote e aqueles que estão presentes representam toda a comunidade cristã, que ao redor do enfermo, alimentam nele e em sua família a fé e a esperança, amparando-os com a oração e o calor fraterno”.
O maior conforto, finalizou o Papa, é que na Unção dos enfermos, Jesus nos mostra que pertencemos a Ele e que nem a doença, nem a morte poderão nos separar Dele.Fonte: 
Fonte: Rádio Vaticano 

Casais, Deus escolheu vocês



Casamento é, primeiramente, uma parceria com Deus. O casal se associa a Deus para realizar a vontade d'Ele.

Na verdade, foi Deus quem escolheu vocês primeiro. Não foram os seus olhos bonitos ou o seu jeito de galã. Deus usou dessas qualidades para uni-los.

O Senhor já havia escolhido cada um de vocês, por isso não dá para romper essa união.

Se um problema financeiro está preocupando vocês, não se preocupem. Por quantos problemas vocês já passaram? Todos eles passam.

Vejam casais que têm 30 anos de casados. Onde estão os problemas de 20 anos atrás? Já passaram. E os problemas de 1 ano atrás também. Tudo passa. Em Deus nada falta. Em tudo o Senhor basta.

 Fonte: Cancaonova.com

Retiros de Carnaval: oportunidade de encontro com Deus e com os irmãos

Tradicionalmente, a Renovação Carismática Católica realiza eventos durante os dias de Carnaval em todo o país. De forma simultânea, em cada região do Brasil, acontecerão retiros e encontros que reúnem milhares de pessoas que buscam de viver esses dias de forma saudável, na presença de Deus e dos irmãos.
Ajudando a fazer do Brasil o país dos Encontros de Carnaval, a RCC Acari realizará  seu retiro no Centro Pastoral Cônego Deoclides de Brito Diniz, iniciando no dia 28 de fevereiro, às 19 horas, com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Pe. Costa, pároco de Nossa Senhora da Guia. Todos os dias haverá celebração da Santa Missa no local do evento, exceto no domingo, pois a Missa será na Matriz. O retiro contará com as presenças do Coordenador da RCC da Diocese de Caicó, e dos Coordenadores Estaduais dos Ministérios de Cura e Libertação e de Intercessão. 

Fonte: Portal  RCC Brasil 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O que é ser casto? Por que ser casto? Como ser casto hoje?

Ser casto é muito mais do que ser virgem. No entanto, a pureza, ou castidade, inclui necessariamente a vivência da virgindade. Ser casto abrange toda a pureza de coração, de intenções e de desejo sincero de fazer a vontade de Deus. Inclui a determinação de não pecar (e isso não somente com relação ao sexo, mas em todas as áreas da vida). Inclui, ainda, uma compreensão madura do que seja a vida e a decisão de viver para cumprir a vontade de Deus.
pensativo6Viver a pureza é uma grande graça, da qual hoje todos zombam abertamente. É correr o grande risco de ser incompreendido, chacoteado, caluniado, humilhado, maltratado. No entanto, vale a pena buscar esta graça.Vale a pena pedi-la a Deus e colaborar com toda a nossa vontade para que ela seja efetiva na nossa vida.
No meio do “Anti-tabu” do sexo, agressiva e desafiadoramente praticado nos dias de hoje como algo muito natural, a busca da vida pura é um desafio para jovens de têmpera. Os tolos e imaturos nem sequer o entendem. Aqueles, porém, que encaram a vida com a serena alegria dos que creem em Deus abraçam o desafio com grande confiança de que a graça irá socorrê-los.
Falar de maneira genérica sobre a castidade nos levaria a todo um tratado sobre a vida santa, o que é muito além de nossas possibilidades e das desta revista. Como sabemos que o que mais questiona o jovem é a razão para a castidade com relação à vivência da sexualidade, é sobre ela que falaremos.
Baseando-se no texto de D. Rafael Cifuentes, vê-se que ele ressalta três pontos essenciais:

A pureza de vida é um mandamento evangélico.

Parece óbvio demais? Engano! Há educadores (desculpe,”educadores”) que não mais entendem ou ensinam o sexto mandamento da lei de Deus. O “Não pecar contra a castidade” não faz parte de suas pregações ou é covardemente omitido. Conheço dezenas de casos de ensinos, pregações, aulas, debates, mesas redondas, onde o representante do pensamento cristão, de quem todos esperam respostas esclarecedoras e firmes, se perde em observações esquivas, omissões e relativismos. Com certeza, infelizmente, você conhece outras dezenas.
No entanto, a Palavra e a Doutrina continuam como antes. Não mudaram. Não mudou tampouco (ao contrário do que muitos meios de comunicação divulgaram) a visão da Igreja sobre o sexo pré-marital, a masturbação, o homossexualismo, o adultério, a fornicação, a luxúria. No Catecismo da Igreja Católica em língua francesa (sua língua original) estes conceitos continuam imutáveis. Pensando bem, quem se atreveria a mudar um mandamento da lei de Deu se, ao mesmo tempo, um mandamento evangélico ensinado por Jesus que diz: “bem-aventurados os puros porque verão a Deus?” (Mt 5,8).
Enganam-se os que pensam poder-se relativizar o que está bem claro tanto no Novo quanto no Antigo Testamento, tanto na Doutrina quanto na Tradição e Magistério da Igreja. O problema é que hoje tem gente que nem a isso dá importância.
Enganam-se, também, os que pensam que o casamento seria uma “‘quebra” da castidade ou uma “concessão” feita quanto a este mandamento. Muito pelo contrário: a noção correta de castidade envolve o mandamento evangélico da pureza que deve, obrigatoriamente, estar presente tanto no matrimônio quanto no sacerdócio ou no celibato. O conceito evangélico de pureza ultrapassa o de estado de vida.
O segundo ponto ressalta que “o mandamento é muitas vezes recalcado devido à mentalidade de hoje”.
De fato. Tem-se medo de pensar diferente, de ser diferente da imensa maioria das pessoas, sejam jovens ou adultos. Tem-se medo de testemunhar o que pensa Deus a este respeito, o que a Igreja ensina, o que todos nós, no fundo no fundo, temos desejo de viver, pois Deus nos criou para sermos santos. O medo e a covardia, sem falar na ingratidão, nos levam a calar, a sermos omissos, a preferirmos a mentalidade do mundo à vontade de Deus. Desta forma, “recalcamos” o mandamento evangélico da pureza, isto é, abafamo-lo, ignoramo-lo, tratamos de relativizá-lo para sermos mais “normais”, mais bem aceitos. Corremos até o risco de achar que se fizermos isso vamos ter mais facilidade de nos aproximar dos jovens e levá-los a Jesus. Terrível engano! Como se pode levar alguém a Jesus deixando-o em seu pecado? O método de Jesus era bem diferente. Ele se aproximava amorosamente do pecador, mas não admitia seu pecado. Claro, não condenou jamais o pecador e, no entanto, nunca deixou de condenar o pecado abertamente e a ordenar com clareza: “Vai e não peque mais” . Quanto mais a gente conhece a beleza de alma que Deus deu ao jovem, mais a gente se convence que o que ele quer é Jesus. Jesus como Ele é: verdadeiro; radical quanto à perfeição de vida, mas extremamente misericordioso para com o pecador; absolutamente radical quando se trata de redimir ou retratar o pecado (veja-se Zaqueu), mas extremamente flexível quanto à regeneração do homem aviltado por seus pecados. Jovem quer Jesus. Um Jesus corajoso, radical, misericordioso, livre, como o jovem deseja ser.
O terceiro ponto é contundente: este recalque do mandamento, seja por medo e covardia, seja na ilusão do ser aceito para”evangelizar”, “produz distúrbios espirituais e psíquicos”.
Nada mais previsível. Se Deus criou o homem para o amor a Ele, a seus irmãos e a si mesmo, tudo o que venha deturpar esta finalidade última de amor e santificação deforma o homem. A isto se dá o nome de pecado.
O recalque do princípio evangélico da pureza visto aqui principalmente como o princípio de castidade, traz enormes prejuízos espirituais, especialmente devido à intemperança e ao vício. E, veja, aqui não estamos falando somente de coisas “‘fortes” como relações sexuais antes do matrimônio ou masturbação e homossexualismo masculino ou feminino. Estamos falando de toda uma caminhada de relacionamento também no namoro e no noivado, caso a vocação do jovem seja a do matrimônio. Estamos falando também dos pensamentos, das fantasias, dos filmes e revistas, dos programas de televisão(mesmo aqueles que parecem meros programas de variedades, mas contêm centenas de sentidos duplos em cada palavra dos apresentadores) das conversas; da maneira de vestir; do comportamento sensual ao andar, falar, sentar; das diversões; da busca desenfreada de mais prazer, de mais emoções, de mais “coisas novas”.
Tudo o que, no campo da sexualidade, for uma manipulação do meu irmão para o meu próprio prazer é contrário à castidade, seja fora, seja dentro do matrimônio, fora ou dentro do namoro, na amizade ou no relacionamento superficial. O que for uma manipulação do outro ou de mim mesmo (pois só sou manipulado, usado, se o permitir, exceto no caso do estupro) vai, obviamente,ser ultraje para a minha alma e para o meu psiquismo. Mais que isso, vai produzir distúrbios espirituais como o vício, a incontinência, a falta de auto-domínio, o afastamento de Deus e da Igreja, o afastamento da oração e da Eucaristia, o esfriamento da alma, a falta de temor a Deus, a relativização dos valores evangélicos, só para citar alguns.
No campo dos distúrbios psíquicos teremos a insegurança, a dependência emocional do outro, a dependência emocional de sensações, a culpa,o medo, o sentimento de ser sujo, de não servir mais para nada, entre muitos outros prejuízos, por vezes, irreversíveis.
Mas qual a vantagem de um jovem viver a castidade? Por que ser casto?
Perguntar isso de maneira genérica equivaleria a perguntar qual a vantagem de ser santo. No entanto, se a pergunta se refere especificamente à castidade quanto à sexualidade, dentre as inúmeras vantagens pode-se destacar duas: a fomentação do amor e a liberdade para discernir a própria vocação. É ainda D. Rafael Cifuentes quem nos ensina:
“O coração humano está destinado a amar. Só no amor ele encontra o seu alimento. Quando não se lhe dá amor, ele procura, esfomeado, o primeiro que encontra: a excitação sexual, a descarga hormonal que o levam a uma insatisfação afetiva e a uma frustração amorosa. O coração humano necessita de um amor à altura da sua dignidade. “
Bastaria esta última frase, não é verdade? O seu coração não necessita de um amor degradante, passional, quase animalesco. O seu coração humano necessita de um amor à altura de sua dignidade de filho de Deus. Este amor verdadeiro é o alimento do seu coração e é o único que o leva a Deus. A vivência de uma sexualidade deturpada, pelo contrário, afastam-no de Deus e deixam o seu coração cada vez mais inquieto e faminto em busca de ilusões que o farão cada vez mais fraco e escravizado. Tem razão a Palavra de Deus quando diz, em Jeremias: “Meu povo me abandonou a mim, fonte de água viva, para cavar para si cisternas, cisternas fendidas, que não retêm a água (Jer 2,13)
O seu coração pode descobrir, na vivência tranquila e corajosa da castidade – seja você homem ou mulher o amor que corresponda ao preceito de “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Desta maneira, você está colocando todo o seu ser, seu espírito,suas forças, na vivência do amor autêntico e, nesta vivência, com toda a certeza,vai ter um ambiente mais propício para descobrir a sua vocação. E, entenda,seja ela celibato, sacerdócio ou matrimônio, seu coração estará muito melhor preparado para descobri-la se estiver livre por amor e para o amor, ainda que namorando, ainda que com inúmeros amigos, ainda que vivendo como o mais normal dos jovens cristãos.
Sendo casto, você fomenta o amor real em você, você se prepara para assumir a vontade de Deus em sua vida. Estas duas coisas são suficientes para garantir a “inteireza”‘ e a felicidade permanente,serena e madura de qualquer um. Feliz aquele que não se deixar iludir pelos inúmeros prazeres e ofertas do mundo e aceitar o desafio de trilhar a estrada do amor para um amor maior.

Como viver a castidade hoje

Encontro somente uma resposta: como Maria, tendo coragem e fazendo uma opção radical de vida por Jesus e inteiramente apoiada na graça.
A coragem de optar radicalmente por Jesus, como Maria. Na fé. A coragem sustentada pela convicção de que Jesus é a resposta e de que a Igreja fala por Ele, ainda que o mundo pense o contrário, ainda que meus colegas não me aceitem, ainda que o mundo inteiro espere outra coisa de mim.
A coragem de apoiar-se inteiramente na graça de Deus e de abandonar-se com toda a confiança em Deus, sabendo que, ainda que você sofra, d’Ele vem a recompensa, pois Ele é um Deus fiel e sustentará você constantemente.
Viver a castidade hoje exige coragem e determinação. Exige convicção para vestir-se, comportar-se e pensar diferente de todo o mundo.Exige a determinação de ser fiel à vontade de Deus.
Isto, porém, não depende somente de você. A fonte desta coragem e determinação é a graça de Deus. Somente um encontro pessoal com Jesus ressuscitado vai dar a você a coragem e determinação que você não encontra em si mesmo. Somente uma graça especial deste mesmo Jesus levará você a fazer d’Ele o Senhor de sua vida, entregando-se sem medidas e cumprindo a vontade de Deus não por voluntarismo e muito menos por moralismo, mas por amor. Amor a quem amou você primeiro, amor a quem o sustenta e conduz, amor Àquele que transformou sua vida. Um jovem que conhece e ama Jesus assim vive a castidade e as outras virtudes apoiado na graça e encontra n’Ele a coragem de ser luz na escuridão. Aquele que não encontrou Jesus, porém, vai achar tudo muito bonito e vai fazer uma força enorme para viver tudo isso, mas, infelizmente, sozinho ele não conseguirá. Precisará da graça, da força da oração, do poder da Palavra, da graça poderosa da reconciliação e Eucaristia.
Maria contou com a graça de Deus como ninguém. Disse seu”sim” incondicional e foi fiel. Viveu de maneira diferente de todas as pessoas de todos os séculos, enquanto durar a humanidade, pois nela refletia-se de maneira singular o próprio Deus. Ser diferente não a abalava.Era uma mulher de fé. Especialmente, era uma mulher que sabia amar, que viveu plenamente sua sexualidade feminina e a maternidade que dela decorre na pureza,na castidade, na fidelidade e obediência a Deus. Quem, de fato, crê, não tem medo de ser diferente. Pelo contrário, sem agressões e vivendo com toda a simplicidade a graça de Deus, é diferente pelo mero fato de ter-se entregue a Ele. Da mesma forma, para quem ama de verdade, ser aceito ou não pelo mundo tem muito pouca, mas muito pouca importância mesmo. Importa Aquele a quem ama e para quem vive e aqueles para quem Ele ama e vive.
Deixo você com esta reflexão de D. ‘Rafael sobre o poder da graça e da virtude da castidade sobre o amor humano:


O amor humano, que vem da natureza, e o divino, que provém da graça, entrelaçam-se e complementam-se: a graça fortifica, eleva,sublima a natureza. É um privilégio único do ser humano que a vida sexual, que deriva da natureza, esteja impregnada pelo amor de Deus que deriva da graça.Dito de maneira mais clara, a energia sexual, a libido, é banhada, é tonificada pelo amor de Deus. O amor de Deus eleva de tal modo o instinto sexual que muda profundamente a sua contextura. Assim, é possível viver de modo estável e gostoso a virtude da castidade”.
FONTE: Comunidade Católica Shalom

Receita de Santidade

Muitas vezes temos diante das bulas de remédios, outras são as longas orientações anexas aos muitos aparelhos eletrônicos. Nem sempre lemos tudo isso, ainda que saibamos o quanto são úteis para nossa vida. Os eventuais efeitos secundários de medicamentos usados indevidamente podem trazer consequências graves, e o desconhecimento de possibilidades oferecidas pelos recursos tecnológicos limita o pleno aproveitamento dos mesmos. Quanto à saúde não são supérfluas ou indiferentes as prescrições constantes nas receitas médicas.
alt E a vida cristã comporta receitas? É possível encontrar um tipo de manual, com o qual caminhar com mais segurança na estrada da perfeição cristã? O Senhor põe à nossa disposição prescrições destinadas à nossa saúde espiritual? Para responder a esta pergunta, é bom lembrar-nos que, ao criar-nos com o precioso dom da liberdade, Deus quis assentar-se conosco à mesa da vida (Cf. Ap 3,20), para que acolhamos seu convite e abramos a porta do coração. Como somos obra prima de sua criação, é claro que Ele oferece o que existe de melhor para os que são feitos filhos e filhas. O ponto de partida para a viagem da vida é que Deus nos leva a sério e nos fez livres, para sermos felizes, como Deus é feliz.
O Catecismo da Igreja Católica começa com a feliz constatação de que o ser humano é “capaz de Deus” (Cf. números 27-35). De fato, “Deus não cessa de atrair o homem para si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso”. Através dos múltiplos sinais, começando pela sede de infinito existente no coração humano, o Senhor atrai para perto de si os homens e mulheres de todos os tempos, o que se torna fonte de alegria para todos. Vale a pena conhecer a busca incessante existente no coração das pessoas inquietas, que querem saber mais, conhecer, descobrir estradas novas!
Quando a Sagrada Escritura relata a entrega dos mandamentos ao Povo de Deus (Lv 19,1-2.17-18), inclui um convite provocante: “O Senhor disse a Moisés: Dirás a toda a assembleia de Israel o seguinte: ‘sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo”. Quando a Igreja se prepara para a canonização de dois Papas de nosso tempo, João XXIII e João Paulo II, faz muito bem saber que é possível percorrer o caminho da santidade. Mais ainda, é bom saber que é o melhor para todos. Não fomos feitos para chafurdar-nos na lama do pecado e do egoísmo, mas para a felicidade, a comunhão com Deus e uns com os outros. São Paulo (Cf. 1 Cor 3,16-23) usa uma feliz expressão, com a qual se identifica a presença contínua de Deus em nossa vida: “Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” Não dá para fugir! Como Deus não tem duas palavras, Ele está sempre perto de nós e, de sua parte, vai sempre insistir em que respondamos ao seu amor. Primeiro item de nossa “receita”: é possível caminhar na direção da perfeição e esta se chama santidade!
Para alcançá-la, não se trata de fazer um caminho de heroísmo individual, mas de guardar a Palavra de Deus. De fato, é perfeito o amor de Deus em quem guarda sua palavra (Cf. 1 Jo 2,5). Manter um diálogo constante com Deus, escutar sua Palavra que se encontra na Escritura e sua voz presente no grande Livro que é a vida! Para ser santos, antenas do coração e da inteligência ligadas nos grandes sinais de Deus.
E a Palavra do Evangelho (Mt 5,38-48), no Sermão da Montanha, desdobra um verdadeiro mapa da estrada da santidade, com itens extremamente práticos. Trata-se de seguir as orientações! Ao encontrar-nos em situações desafiadoras, não resistir ao mau, oferecer a outra face, ou a túnica, quem sabe mais mil passos, ou não fugir de quem pede dinheiro emprestado, amar os inimigos, fazer o bem aos que nos odeiam, orar pelos que nos perseguem. É natural nossa reação: seremos inativos ou tolos diante de quem nos agride? Trata-se, sim, de acreditar na força da não-violência, escolher os verdadeiros caminhos alternativos, com os quais se desmonta a trama da maldade. A paciência diante das agressões, a opção pela escuta dos que pensam de modo diferente, enxergar o lado das outras pessoas nas questões mais delicadas exige muito mais força e coragem do que quebrar e destruir tudo que estiver à nossa volta.
Jesus sabia muito bem quais seriam as reações ao seu discurso e que estas ressoariam através dos séculos no interior das pessoas. Por isso mesmo, ofereceu o modelo para este novo modo de encarar a vida. Trata-se de olhar para o Pai do Céu, e basta ver o sol ou a chuva, que servem a bons e maus, justos e injustos! Estupenda e desafiadora simplicidade! Pagar o mal com o mal não é novidade. É fácil! “Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos?” (Mt 5, 47). Revolucionário é trazer para a terra o modo de viver que é próprio de Deus. Perfeição é uma ação do próprio Deus no coração do discípulo. Maior a docilidade, mais o Espírito Santo poderá agir em nós.
A proposta do Evangelho é de grande atualidade, pois nos possibilita criar, num mundo agressivo e violento, bolsões de vida mais digna e respeitosa. As famílias e as comunidades cristãs podem começar a ser diferentes. O exercício da gratuidade no relacionamento, a capacidade de gastar tempo para ouvir as pessoas, o cultivo de valores, como a simplicidade no trato ou a civilidade de novo cultivada. De forma muito prática, os cristãos exercitarão e ajudarão muitas outras pessoas a descobrirem que na vida social não se pode apenas e tão somente exigir direitos, mas há deveres a serem cumpridos e com os quais construímos a civilização. Se não nos cuidarmos, há um risco de verdadeira barbárie bem perto de nós, mas se começarmos a caminhar contra a correnteza do egoísmo, a mudança já começou, e para melhor.
Basta olhar ao nosso redor. Pode começar com o cumprimento mais polido aos vizinhos, para alcançar o cuidado dos estudantes com as carteiras escolares, ou as lixeiras conservadas e utilizadas em nossos espaços públicos, a superação da agressividade no trânsito e daí por diante!
A casa que é a Igreja será o lugar da formação e do intercâmbio de experiências, onde as pessoas são chamadas a compartilhar suas experiências de vida, alimentar-se do próprio Deus e rezar umas pelas outras. Como sabemos muito bem de nossas limitações, peçamos ao próprio Pai do Céu que nos ajude: “Concedei-nos, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações”.


Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará
Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL
 
FONTE: RCC/Brasil

Oração dos namorados

A “Oração dos Namorados” foi distribuída na Praça de São Pedro durante o encontro com o Papa Francisco, em 14 de fevereiro.

Oração dos namorados

Deus Pai, fonte de Amor,
Abre nossos corações e nossas mentes
para reconhecer em Ti a origem e a meta do nosso caminho de namorados.

Jesus Cristo, esposo amado,
ensina-nos a vida da fidelidade e do respeito,
mostra-nos a verdade de nossos sentimentos,
faz-nos disponíveis ao dom da vida.

Espírito Santo, fogo do amor,
acende em nós a paixão pelo Reino,
a valentia de assumir decisões grandes e responsáveis,
a sabedoria da ternura e do perdão.

Deus, Trindade do Amor,
guia os nossos passos.

Amém!
 
FONTE: Aleteia

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

RCC se une por um Brasil Vivo Sem Aborto

Durante o Encontro Nacional de Formação, em janeiro de 2014, o Ministério de Fé e Política apresentou a campanha “Brasil Vivo! Sem Aborto!”, que possui o amplo objetivo de proteger a vida, cujos materiais de divulgação estão disponíveis para download.
A campanha foi inicialmente apresentada no Encontro Nacional dos Ministérios de Fé e Política e Promoção Humana em setembro de 2013, por representantes do estado do Paraná. No entanto, segundo o coordenador nacional do Ministério de Fé e Política, Sérgio Zavaris, a luta contra o aborto é um desafio constante na sociedade e não pertence apenas aos membros dos Ministérios primeiramente envolvidos. “Todos nós somos responsáveis por este tema”, exorta Sérgio. Além de toda a RCC do Brasil, o projeto busca unir forças com outros Movimentos da Igreja Católica, outras religiões e também setores da imprensa e da sociedade civil.
Levando o nome de “Brasil Vivo! Sem Aborto!”, a campanha se difere de como o tema tem sido trabalhado nos últimos anos, que sempre enfatizou o “Não ao aborto”. “Queremos mudar um pouco a tônica e dizer ‘Sim à vida’. Neste sentido, nós estamos conclamando um movimento de apologia ao sim, de apologia à vida”, ressalta Sérgio.
Nesta luta em fomentar a valorização da vida, a iniciativa traz como ação imediata o apoio ao Projeto de Lei 6061/2013 dos deputados Hugo Leal (PSC/RJ), Salvador Zimbaldi (PDT/SP) e Eduardo Cunha (PMDB/RJ) que aperfeiçoa a Lei 12.845, corrigindo efetivamente seus aspectos inadequados que podem facilitar a prática do aborto. (Leia a nota divulgada pela CNBB sobre a sanção desta lei).
A nova redação proposta pelo Projeto de Lei propicia que as pessoas vítimas de violência sejam adequadamente atendidas; facilita a identificação dos violadores e que sejam devidamente punidos; deixa de violar a vida humana nascente com procedimentos ditos obrigatórios e respeita a consciência dos profissionais de saúde envolvidos.
“Finalmente, irmãos, envolvidos que estaremos com essas questões de políticas públicas, faremos a diferença nessa nação brasileira. E assim o fazendo, poderemos esperar um mundo melhor para as futuras gerações”, conclui Sergio.

Materiais da Campanha Brasil Vivo! Sem Aborto!

O Ministério de Fé e Política da RCC do Brasil, em seu blog, disponibiliza para download materiais de apoio para divulgação da campanha, que inclui cartazes, camisetas e adesivos, já no formato adequado para serem enviados às gráficas. Também está disponível para ser baixada a música “Digo sim à vida”, tema do projeto.
Todo este aparato pode ser usado livremente tanto por pessoas físicas, quanto jurídicas, para qualquer ocasião de divulgação. De acordo com Sérgio, “conclamamos também empresas para utilizarem os adesivos, colocarem essa marca no uniforme, em eventos, para mostrarmos qual é a nossa opinião a respeito desse tema”. O uso da marca da campanha é vedado apenas para atividades que tenham fins lucrativos sem a autorização da RCCBRASIL, detentora dos direitos.
“Todos os materiais estão disponíveis, eles são nossos! Pode baixar, mandar fazer camiseta, cartazes, e à medida de sua criatividade, nos ajude a encampar essa campanha pela vida”, incentiva Sergio.

FONTE: RCC/BRASIL

Em mensagem a pentecostais, Papa fala de "saudades da unidade" e diz que Deus concluirá esta obra


Cidade do Vaticano (RV) - “O milagre da unidade começou”. De maneira informal, com uma mensagem gravada com um smartphone pelo seu amigo, o Pastor Pentecostal Tony Palmer, o Papa Francisco afirmou que tem “saudades” da unidade entre os cristãos, hoje separados:
“Separados porque os pecados nos separaram: os nossos pecados, os mal-entendidos na história. Um longo caminho de pecado comunitário. Mas de quem é a culpa? Todos temos culpa! Todos somos pecadores! Somente um é o justo: o Senhor. Eu tenho saudades de que esta separação acabe e volte a comunhão”.
O Pontífice também expressou “saudades” daquele abraço do qual fala a Sagrada Escritura quando os irmãos de José, famintos, foram ao Egito para comprar, para poder comer”. Alí – recordou o Santo Padre – “encontraram algo além de comida, encontraram o irmão”:
“Todos nós temos valores, os valores da cultura, os valores da nossa história, tantas riquezas culturais, também religiosas, tradições diversas, mas devemos encontrarmo-nos como irmãos e devemos chorar juntos, como fez José. Aquele choro que une, o choro do amor. Eu vos falo como um irmão e vos falo assim, simplesmente, com alegria e saudades”.
O convite do Papa, então, é fazer "crescer as saudades, porque isso vai nos levar a encontrarmo-nos, a abraçarmo-nos e a louvar Jesus Cristo como único Senhor da história”. A oração comum ao Senhor, então, será “para que nos una a todos”:
“Sejamos irmãos e nos demos espiritualmente este abraço e deixemos que o Senhor conclua a obra que começou, pois este é o milagre. O milagre da unidade começou”.
E o Senhor – acrescentou Francisco, citando o famoso autor italiano Alessandro Manzoni – acabará bem este milagre”.
A mensagem foi apresentada na comunidade pentecostal estadunidense dirigida pelo Pastor Kenneth Copeland, arrancando efusivos aplausos dos fiéis. Posteriormente foi postada no youtube. Ao final da mensagem, Papa Francisco pediu para que os pentecostais rezassem por ele. (JE)

FONTE: NEWS.VA 

Depressão: Um sinal de esperança

Muitos pensam: como a depressão pode ser um sinal de esperança [referindo-se ao livro "Depressão: Um sinal de esperança" escrito por ele]?
A depressão é uma doença muito comum, muitas pessoas acham que essa enfermidade é frescura ou é uma forma de chamar a atenção. Contudo, a depressão é algo muito antigo e sério. 
As pessoas com depressão têm mais chances de ter doenças cardiovasculares; e é a patologia que mais afasta as pessoas do trabalho. A incidência desta enfermidade é 5% a 10% da população mundial. 
Existe uma explicação clínica para a depressão devido à formação genética. A depressão é uma doença mental, por isso a pessoa depressiva fica sem disposição porque não tem serotonina para responder aos estímulos. 
Existem vários tipos de depressão, mas o pior é quando a pessoa não aceita a doença, pois aí existe uma grande armadilha do inimigo de Deus. Um depressivo tem coragem de se matar, se você convive com alguém que vive dizendo que quer morrer leve-o ao médico. 
Existem pessoas que têm o gene da depressão, então elas vão conviver com a doença e sempre vão precisar tomar o remédio. Também há a depressão circunstancial, muitas vezes, ela ocorre quando há uma perda familiar ou financeira, então nesse tipo de depressão a pessoa faz tratamento e geralmente é curada. 
Na semana passada atendi uma pessoa que ficou deprimida porque Michael Jackson morreu. Isso, para nós, parece uma bobeira, mas talvez ela tenha o gene para isso.
Outro tipo é a depressão crônica, quando a pessoa, desde criança, é triste. Muitas pessoas que sofreram traumas na vida uterina também desenvolvem essa enfermidade. Isso pode acontecer quando os pais brigam e o bebê, ainda no ventre materno, interpreta que a briga é por causa dele. O trauma da vida uterina e da infância pode marcar a pessoa para vida toda. Sintomas da depressão crônica são: o humor deprimido, pessoas constantemente de mau humor, pessoas que não conseguem acabar uma atividade, que gostam agradar os amigos com presentes, etc. Esse tipo de depressão leva a pessoa a ficar mal.
                     "Uma pessoa deprimida traz em si um grande sentimento de culpa. E precisa se sentir perdoada", afirma Dr. Roque
                      Foto: Wesley/CN
Atendi uma freira que não conseguia dormir, não conseguia rezar e fazer seus afazeres, e as pessoas a cobravam, ela sentia dor no peito e palpitação. Ao conversar com ela, percebi que ela foi assediada sexualmente quando tinha 4 anos. Veja: um quadro na infância que levou a uma doença crônica. E ali descobrimos que ela foi ser religiosa na Igreja para esconder os traumas, porque ela se sentia culpada e impura. 
A Palavra de Deus diz que um homem prudente não deve se descuidar e deve procurar os médicos: 
“Honre os médicos por seus serviços, pois também o médico foi criado pelo Senhor. Do Altíssimo vem a cura, e o médico recebe do rei o pagamento. A ciência do médico o faz levantar a cabeça e ser admirado pelos grandes. Da terra, o Senhor criou os remédios, e o homem de bom senso não os despreza. Não foi para manifestar o poder do Senhor que as águas foram adoçadas com um pedaço de madeira? O Senhor deu aos homens a ciência para que pudessem glorificá-lo por causa das maravilhas dele. Com elas, o médico cura e elimina a dor, e o farmacêutico prepara as fórmulas. Dessa maneira, as obras de Deus não têm fim, e dele vem o bem-estar para a terra. Meu filho, se você ficar doente, não se descuide. Suplique ao Senhor, e ele o curará. Evite as faltas, lave as mãos e purifique o coração de todo pecado. Ofereça incenso e um memorial de flor de farinha, e faça gordas ofertas, conforme suas possibilidades. Depois, consulte o médico, pois também ele foi criado pelo Senhor. Não o afaste, porque você precisa dele. Há casos em que a cura depende só dele. Ele também suplica ao Senhor, a fim de que lhe conceda aliviar a doença e curar seus pacientes” (Eclesiástico 38, 1-14).
Uma pessoa deprimida traz em si um grande sentimento de culpa. E precisa se sentir perdoada. A depressão deixa a pessoa paralisada, sem prazer nem força para nada. Por isso não obrigue as pessoas depressivas a fazer as coisas, não fique falando coisas do tipo: "Você tem filhos maravilhosos", isso não adianta, porque elas querem sair da situaçao, mas não conseguem. Leve-as ao médico e a um diretor espiritual. 
Existe também a depressão espiritual, pessoas que acham que Deus as abandonou e não se perdoam. O perdão é o melhor remédio para curar várias doenças. Depressão não é falta de fé. A sensação de culpa só Deus pode curar, pois a palpitação e a dor no coração o remédio os cura, mas o sentimento de culpa somente Deus perdoa, por isso vá à Missa todos os dias e comungue, reze o terço, confesse-se, jejue e medite a Palavra de Deus e viva seus ensinamentos. Só com as "5 pedrinhas da oração" podemos vencer essa batalha. 

Dr. Roque Savioli 
Cardiologista e escritor de vários livros pela Editora Canção Nova.

FONTE: Canção Nova