segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Conversando sobre o Encontro Mundial de Jovens da RCC

Um encontro para celebrar, partilhar e mostrar ao mundo a cara da juventude carismática católica.

Na caminhada de preparação para o Jubileu de Ouro da RCC no mundo, que será celebrado no ano de 2017, o ICCRS promove a primeira edição do Encontro Mundial de Jovens que acontecerá de 10 a 15 de julho de 2012 em Foz do Iguaçu, Brasil. O evento vai reunir cerca de 5 mil jovens e contará com a participação de aproximadamente 120 países.

A programação será intensa e diversificada. A primeira atividade do encontro será uma grande procissão com a cruz que acontecerá antes na missa de abertura marcada para a noite do dia 10 de julho. Divididos em três grupos, os participantes sairão em peregrinação de pontos distintos da fronteira entre o Brasil, Paraguai e Argentina para se encontrarem na catedral de Foz do Iguaçu. Dessa forma, o início do encontro é marcado por uma grande manifestação pública de fé.

Nos outros dias, a maior parte da programação será marcada por orações, pregações, louvores, formações e missas. O período noturno será reservado para as apresentações culturais e artísticas dos países presentes.

Para oportunizar que os jovens desfrutem das belezas naturais da cidade, o sábado incluirá uma atividade diferente: divididos em pequenos grupos e na companhia de sacerdotes, os participantes farão uma caminhada até o Parque Nacional do Iguaçu, local que abriga as famosas Cataratas. Será uma jornada de espiritualidade, partilha e contato com a natureza!

O Assessor do Setor Juventude da CNBB, Padre Sávio, fala sobre a importância do Encontro Mundial de Jovens da RCC. Assista em mais um vídeo da WebTV RCC.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Jovens se preparam para finalizar o ano lançando as redes

A partir do dia 26 já começa a Missão Jesus no LitoralA partir da próxima semana, começam várias edições do projeto Jesus no Litoral. Com isso, muitos jovens estão se preparando para terminar o ao de 2011 lançando as redes.  Bahia, Ceará, Espírito Santo,  Maranhão, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo terão  edição do “Jesus no litoral” 2011/2012.

O Jesus no Litoral é organizada pelo Ministério Jovem  e tem como principal objetivo evangelizar as pessoas que frequentam o litoral e praias brasileiros durante a temporada de férias. A juventude carismática vai ao encontro dos veranistas, para levar a Palavra de Deus anunciando o Querigma.Ela acontece de diferentes maneiras, de acordo com a realidade de cada estado, apenas obedecendo alguns critérios estabelecidos pelo Ministério Jovem, com relação á missão. Estes critérios são referentes a duração mínima da missão, perfil dos missionários, espiritualidade, convivência fraterna, entre alguns outros pontos.

A programação costuma atrair turistas, veranistas e moradores das praias e cidades litorâneas. Toda a missão é pensada para fomentar uma transformação social, humana e espiritual nessas pessoas.

Jesus no Litoral em Julho
Os estados do Pará, Mato Grosso do Sul e Tocantins, realizarão o Jesus no Litoral, nos meses de julho e agosto, já que estes são considerados os meses de alta temporada de veraneio nessas localidades.

Cronograma
Acompanhe o cronograma de realização da Missão Jesus no litoral, nos 11 estados onde ela estará acontecendo em 2011/2012.

9ª Edição - PARANÁ: 26 de dezembro a 05 de janeiro de 2012
8ª Edição - RIO GRANDE DO SUL: 07 a 15 de janeiro de 2012
3ª Edição - SÃO PAULO: 26 de dezembro a 06 de janeiro de 2012
3ª Edição - SANTA CATARINA: 29 de dezembro a 01 de janeiro de 2012
2ª Edição - MARANHÃO: 28 de dezembro a 01 de janeiro de 2012
1ª Edição - ESPIRITO SANTO: 02 a 08 de janeiro de 2012
1ª Edição - CEARÁ: 11 a 15 de janeiro de 2012
1ª Edição - BAHIA: 12 a 15 de janeiro de 2012
4ª Edição - PARÁ: Julho de 2012
1ª Edição - MATO GROSSO DO SUL: Julho ou Agosto de 2012
1ª Edição - TOCANTIS: Julho ou Agosto de 2012

Será preciso voltar no tempo?

Se de repente você encontrasse a incrível máquina do tempo e pudesse escolher uma época para voltar, em qual época voltaria pra ser testemunha de um acontecimento?

Com toda certeza, muitos voltariam à época de Jesus - aí me incluo - pra serem testemunhas da Sagrada Família. Imagina só, você vendo Jesus menino, José, Maria Santíssima em seus afazeres, ensinando a Jesus as leis de Deus! Até arrepia, só de pensar! Porém, teríamos uma surpresa, ou melhor, um grande choque ao ver que a Santíssima Sacratíssima Família, em primeira instância, não se distinguiria em absolutamente nada das outras famílias de Nazaré, teríamos até dificuldade de saber quem eram ou onde moravam.

Não veríamos sobre a cabeça de Maria uma grande auréola luminosa, José não estaria carregando nas mãos um ramos de lírio branquíssimo e o menino Jesus estaria com as barras da túnica sujas de terra. Ó! Talvez você até se decepcionasse ao ver uma família tão simples!

Não se iluda, Deus escolheu como palco do maior acontecimento do mundo um cocho, lugar de bicho comer; e de simplicidade igual foram todas as cenas mais sagradas que envolveram a Família de Nazaré. Por que na sua vida Deus agiria diferente? (O discípulo não é maior que o mestre) bem nos ensinou Jesus, por isso a sua casa, seu trabalho, o lugar onde viveu são palcos a estrelar sua santidade. Sei que lá não há canhões de luzes e talvez sua atitude mais altruísta não ganhe ao menos um (obrigado).

Mesmo assim, encha a garrafa d'água e o pote de açúcar, reponha o papel higiênico que acabou, deixe um bilhetinho, uma flor, gaste tempo com as pessoas, crie um twitter pra seu pai, devolva o troco que recebeu a mais, ensine seu filho a rezar o terço, siga seu coração e sua consciência; talvez ninguém o canonize por isso, mas, com certeza, você será mais feliz por ter encontrado a via com que Deus costuma revelar o que Ele nos prepara de mais sagrado.

Tiba Camargos
Comunidade Canção Nova
blog.cancaonova.com/tiba

UM FELIZ NATAL!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Marcados pela unidade: nova marca da RCCBRASIL

Renovação Carismática Católica do Brasil adota nova identidade visual; conheça as mudanças e entenda os elementos que formam a assinatura do Movimento

Em buscado fortalecimento da unidade do Movimento, o Ministério e a Comissão de Comunicação Social propuseram ao Conselho Nacional na reunião de novembro desse ano a adoção de uma nova identidade visual unificada para a Renovação Carismática Católica do Brasil, para ser utilizada em todas as suas instâncias.

A nova proposta, aprovada pelos conselheiros, passa agora a identificar o Movimento. E começamos a aplicar essa novidade no Portal RCCBRASIL. Convidamos que você conheça a nova assinatura visual e entenda melhor o que ela significa em nossa busca pela unidade e comunhão.

O que é Identidade Visual?
A Identidade Visual de uma organização, na opinião dos especialistas da área, é um de seus principais patrimônios. É por meio dela que uma instituição transmite visualmente seus valores e torna-se visível e reconhecida pelo público. A marca bem implantada e unificada gera o fortalecimento da identidade.

O que muda?
A nova assinatura visual alterou levemente os elementos iconográficos. Além disso, a aplicação da marca foi regulamentada através do Manual de Identidade Visual, disponível para download aqui no Portal RCCBRASIL, assim como a nova logomarca, através deste link.

- LOGOTIPO: A mudança mais radical ficou por conta da nova fonte, mais sóbria e limpa que a anterior, que permite uma melhor visualização quando a marca for reduzida ao tamanho mínimo.
- CRUZ: Na nova marca, a cruz teve suas linhas reforçadas e o gradiente de cor suavizado, destacando as suas formas.
- POMBA: Era uma das imagens com menos legibilidade na antiga marca. Com a adição de contornos e suavização nos efeitos visuais, ela tornou-se mais visível em fundos brancos, por exemplo.
- CHAMA: A imagem segue a mesma, apenas teve suas cores definidas.

O que é um Manual de Identidade Visual?
É um documento técnico, contendo um conjunto de recomendações, especificações e normas essenciais para a utilização de uma marca, com o objetivo de preservar suas propriedades visuais e facilitar a sua correta propagação. Traz as suas variações oficiais e estabelece algumas normas de uso.

Baixe os arquivos:

Marca

Manual de Identidade Visual da RCCBRASIL

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Como Terezinha, sejamos o brinquedo do menino Jesus

Ao aproximar-se o tempo do Natal percebemos que uma onda de ternura começa a perpassar a mente e o coração dos cristãos, especialmente daqueles que procuram levar sua vida espiritual mais a sério. Para os que estão engolfados apenas na realidade transitória da vida, pensando apenas no prazer, no ter e no parecer, talvez não parem para pensar no verdadeiro sentido do Natal e fiquem somente ocupados com a ceia, os presentes, a festa, a bebida, etc. Mas a onda de ternura existe e contagia os corações dos que creem em Deus, pois podem mergulhar, com a fantasia e a meditação, no mistério de um Deus que deixa o céu e vem se fazer uma criança entre nós. A arte em todos os séculos e em suas diversas manifestações tem ilustrado esta realidade nos oferecendo presépios para todos os gostos e idades. A atenção da humanidade passa a se concentrar em uma criança – e que criança – e nela, singela e frágil, vê Aquele que sustenta o universo com seu poder e força.

Santa Teresinha do Menino Jesus foi alguém que mergulhou neste mistério e hauriu dele muito de sua espiritualidade. Seu próprio nome traz a memória do Natal e em sua doutrina da infância espiritual podemos ver muitos frutos da meditação deste mistério da vida de Jesus. Ao falar com sua Madre Priora sobre seu “pequeno caminho” para a santidade Teresinha diz: “Minha Madre, o caminho que desejo trilhar é o caminho da confiança e do total abandono” (HA 12). E ao apresentar este caminho ela nos convida a sermos crianças, ou seja, como as crianças esperam tudo de seus pais e nada podem por si mesmas, assim também devemos esperar tudo do Pai do céu.

“Quanto a mim, diz Teresinha numa carta, acho a perfeição fácil de praticar, porque entendi que é só pegar Jesus pelo Coração... Veja uma criancinha que acaba de aborrecer a sua mãe, zangando-se ou desobedecendo-lhe; se ela se esconder num canto com ar amuado e gritar por medo do castigo, certamente, a mãe não lhe perdoará a falta; mas se lhe estende os seus bracinhos sorrindo e dizendo: ‘dê-me um beijo, não o farei mais’, poderá a mãe não apertá-la ao seu coração com ternura e esquecer as faltas infantis?... Todavia ela bem sabe que seu querido filho recairá na próxima ocasião, mas isso não importa, se ele a prende de novo pelo coração, jamais será castigado...” (Carta 191).

A espiritualidade da infância espiritual está inerente à vida de Santa Teresinha. Quando se pensa na santa, instintivamente se pensa no ser criança diante de Deus. E esta espiritualidade tem como característica básica sua devoção ao Menino Jesus. Esta devoção não foi apenas mais uma devoção na vida da carmelita de Lisieux, mas tem uma importância especial, pois traduz e aprofunda sua “pequena via”, onde a humildade, a pureza e a simplicidade da criança são elementos essenciais.

Brinquedinho do Menino Jesus
Ao entrar no Carmelo Santa Teresinha recebeu a incumbência de ornar com flores uma imagem do Menino Jesus e ficava feliz quando recebia flores para este fim, dizendo que era Ele, o Menino Jesus, quem pagava suas dívidas. Já doente Teresinha oferecia as uvas e o vinho ao Menino Jesus e gostava de acariciar a sua imagem. Não há dúvida que a infância de Jesus acompanhou Teresinha toda a sua vida, ainda que ela sempre a unisse à paixão do Senhor, daí o significado profundo de seu nome “do Menino Jesus e da Sagrada Face”.

Mas para mim uma das maiores provas da maturidade humano-espiritual de Teresinha foi o fato de ter-se oferecido para ser o “brinquedinho do Menino Jesus.” À primeira vista pode parecer uma atitude infantil e sem sentido, porém, se pensamos no que significa isto na prática vemos que ultrapassa em muito o infantilismo e nos lança numa verdadeira prova de fé.

Diz a Santa: “Havia algum tempo oferecera-me ao Menino Jesus para ser seu brinquedinho. Tinha-lhe dito para não me usar como brinquedo caro que as crianças só podem olhar sem ousar tocar, mas como uma bola sem valor que podia jogar no chão, dar pontapés, furar, largar num cantinho ou apertar contra seu coração conforme achasse melhor; numa palavra, queria divertir o Menino Jesus, agradar-lhe, queria entregar-me a suas manhas de criança... Ele aceitou minha oferta... Em Roma, Jesus ‘furou’ seu brinquedinho. Queria ver o que havia dentro e, depois de ver, contente com sua descoberta, deixou cair sua pequena bola e adormeceu... Que fez durante o sono e que foi feito da bola deixada de lado?... Jesus sonhou que continuava brincando com sua bola, deixando-a e retomando-a, e que, depois de deixá-la rolar muito longe, a apertou no seu coração, não permitindo mais que se afastasse de sua mãozinha... Compreendeis, querida Madre, quanto a pequena bola ficou triste ao ver-se largada... Mas eu não deixava de esperar contra toda a esperança.”(MA 64f)

Ser um brinquedo nas mãos do Menino Jesus não seria um belo convite para nos preparar para o Natal? Quantas vezes nos vemos num túnel escuro sem ver onde termina e sem uma fresta de luz, ou ainda vemos nossa vida se tornar um labirinto de problemas aparentemente sem solução, ou mesmo sentimo-nos mergulhados num mar de solidão e desânimo! Pensemos que este brinquedo está sendo “furado” para se ver o que tem dentro, está sendo aparentemente esquecido por um tempo, mas que tudo isto é sinal de que é um brinquedo amado e desejado pelo Menino Jesus. Ele joga com suas bolinhas como quer porque sabe que elas não são frágeis brinquedos de enfeite, mas possuem a força da fé suficiente para resistir e continuar sendo Dele.

Para nós hoje, o amor e devoção ao Menino Jesus não devem se basear apenas nos sentimentos. Os sentimentos são belos, necessários e nos estimulam, mas precisamos transformá-los em ações concretas. Amar o Menino Jesus é procurar em primeiro lugar imitá-lo em seu despojamento, simplicidade, confiança no Pai, em sua bondade e seu amor. Foi só por amor que Ele se encarnou e veio morar entre nós. Amá-lo é também procurar vê Sua imagem em toda pessoa pequena, pobre, sofredora, necessitada de nossa ajuda e nosso amor.

Santa Teresinha não só amava seu Menino Jesus, mas quis ser toda Dele e deixar-se brincar por Ele. Assim desejo que este Natal seja para todos nós: uma entrega total e incondicional nas mãos do Menino Jesus, traduzida em gestos concretos de fraternidade para com o próximo.

Irmã Maria Elizabeth da Trindade, ocd

Disponível em:http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=1072

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Qual o melhor presente de Natal para mim?

Imagem de Destaque

Natal é um tempo maravilhoso, nunca vi ninguém dizendo que não gosta dessa festa. As razões podem ser diferentes, podem até não acreditar no Natal, porém, todos gostam deste tempo devido aos presentes, às festas, às comidas gostosas que saboreamos nessa época, aos encontros, reencontros e reconciliações, àquela folga merecida, à viagem com a família para rever os parentes ou às tão sonhadas e esperadas promoções natalinas.

Muitos chegam a dizer: “Quem dera se o ano todo fosse Natal...” Enfim, muitos são os motivos que nos fazem crer que o Natal é um tempo de expectativa, indica algo novo que vai acontecer, algo que vamos receber e que virá ao nosso encontro.

Mas qual é a novidade pela qual esperamos? Qual é o presente que queremos ter? Ganhar um tablet, um smartphone, um carro, um aumento salarial, uma viagem para o exterior; tudo isso não seria nada mau.

Mal começo a sonhar no presente que gostaria de ganhar e a imaginação já me leva a me recordar dos presentes que ganhei quando criança.

Recordo-me das noites mal dormidas na véspera do Natal, quando perdia o sono na ansiedade de ganhar um presente, acordava correndo para ver se o “Papai Noel” tinha passado, e quando via o presente, logo o desembrulhava. Algumas vezes, frustrei-me; outras, a “alegria” logo tomou conta de mim.

Sentia-me imensamente “feliz” quando o objeto escondido sob aquele papel colorido era o mesmo pelo qual tanto havia esperado. Parecia que aquele simples embrulho trazia o meu tudo, o sentido da minha vida... Lembro-me da primeira bicicleta, da bola de couro, do videogame do Mario Bros, da camisa da seleção...

Logo que comecei a me recordar disso tudo, pensei: Onde está tudo isso? Onde está aquela bicicleta que era como minhas asas, sentia-me livre em cima dela. Onde estão a bola, a chuteira e a camisa da seleção, que faziam com que eu me sentisse o melhor jogador do mundo? Onde está aquilo que era o meu tudo? Certamente todos os meus presentes de criança, como a bicicleta, a bola e a chuteira já foram reciclados.

Parei e pensei: Onde estão os meus sonhos? Onde tenho procurado e esperado minha felicidade? Onde está o meu Natal?

Já não sou uma criança, minha felicidade não está escondida sob um embrulho colorido. Todos aqueles presentes já se foram, e sinceramente eles não eram tudo isso que eu esperava; não foram capazes de me deixar eternamente “feliz”. Neles não estava escondido o sentido da minha vida. Eram apenas presentes.

Na maturidade de homem, lembro-me do verdadeiro Presente, que sempre esteve comigo, este tão antigo e tão novo, tão vivo e real, não escondido sob qualquer papel, mas sim sob o Véu do Sacramento.

Santo Presente que nos foi dado por amor do Pai, que O enviou para ser o centro de tudo em nossa vida.

Sublime Presente, nascido humilde e pequeno na manjedoura em Belém, porém, tão nobre e santo, presenteado pelos Reis Magos com ouro, incenso e mirra. Ele mesmo se faz o maior Presente, o verdadeiro Presente dado a todos nós.

Eterno Presente, centro de tudo, alegria verdadeira, razão única da expectativa e das maravilhas do Natal. Ora, este é o melhor Presente de Natal para mim! Jamais envelhece, jamais estraga, nunca passa.

De que valem todos os outros presentes se eu posso ter e tenho o Santo Presente, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (cf. Jo 1,14).

Parei e rezei cheio de gratidão. Obrigado, Senhor, Presente Verdadeiro, sublime amor que vem a nós! Recebê-Lo em minha vida é o melhor Presente para mim.


Ricardo Gaiotti (@RicardoGaiotti)
Missionário da Canção Nova

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Jovens em Ação!

“Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz” (Madre Teresa de Calcutá)

A cada instante nos é dada a oportunidade de fazer alguém feliz. Os gestos podem falar e marcar mais que as palavras. Quanta gratidão nos invade em ver a alegria no sorriso de uma criança, por meio de um gesto de amor por ela.

Mas fico me perguntando: “Quantas vezes nos fechamos em nosso mundinho e lá permanecemos trancados a sete chaves?”.

Você já parou para abrir as cortinas da sua vida e olhar para o lado de fora e ver se alguém está ali, esperando por você?

Lembrei-me de alguém que fez da sua vida uma abertura completa ao mundo: Pier Giorgio Frassati.

Aos 17 anos de idade, ele ingressou na Sociedade são Vicente de Paula e dedicou a maior parte do seu tempo livre ao serviço dos doentes e necessitados, cuidando dos órfãos e dos soldados que voltavam da guerra para sua casa. Decidiu se graduar em engenharia mineral com a finalidade de “servir melhor a Cristo entre os mineiros”. Trazia consigo o pão que restaurava seus corpos e a palavra que confortava suas almas. Para Pier Giorgio Frassati, a caridade não consistia só em entregar algo para os demais, mas, antes, em se entregar a si mesmo por inteiro. Tudo partindo de seu bolso e de seu coração foi destinado aos outros. Ele nasceu para os outros e não para si próprio. Jovem universitário, esportista, amava a arte e a música, e ele foi, de fato, um verdadeiro cristão.

Píer soube muito bem olhar para fora da janela.

O ano está se findando, e me pergunto: “Será que fiz deste um ano para mais de dar do que receber?” Já afirma São Paulo que “há maior alegria em dar do que receber”.

E você, o que já fez para deixar alguém mais feliz?

Tome uma atitude, seja em gestos tão simples como ajudar alguém a atravessar a rua, como dar o seu lugar para alguém sentar-se, ou até mesmo uma visita a um asilo ou orfanato.

Estamos juntos para construir esta civilização de amor!

Saiba mais sobre a biografia do beato Pier Giogio Frassati no site: www.piergiorgio.com.br

Letícia Cavalli
Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vaticano confirma data da JMJ no Rio

O Vaticano confirmou hoje, 13, a data da visita do Papa Bento XVI ao Rio de Janeiro: Será entre os dias 23 e 28 de julho de 2013, por ocasião da realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013, que reunirá jovens de todo o mundo na cidade maravilhosa. A data oficial foi decidida durante a reunião entre o Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), que é o Comitê Organizador Central da Jornada, e a comissão do Comitê Organizador Local (COL) do Rio, que está em Roma desde ontem.

Estão participando pelo COL o presidente da comissão e arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, os dois bispos auxiliares que acompanham mais diretamente a Jornada, Dom Antônio Augusto Dias Duarte e Dom Paulo Cezar Costa, monsenhor Joel Portella Amado, da coordenação geral, e os padres Márcio Queiroz, responsável pela Comunicação, e Renato Martins, responsável pelos Atos Centrais.

Entre as questões estão sendo tratadas está também a escolha da logomarca da JMJ Rio2013. Um concurso foi realizado para a escolha do símbolo oficial e mobilizou pessoas de todo o Brasil e de outros países que enviaram seus trabalhos ao COL. Os melhores desenhos foram selecionados e levados pela Comissão ao PCL, que escolheu a logo finalista. Segundo Dom Orani João Tempesta, em breve será anunciada a data para apresentação oficial da logo.

A comissão retorna ao Rio amanhã e está prevista uma reunião de todos os setores do Comitê para que seja apresentado o que foi ratificado e o que foi retificado do documento de trabalho do COL, que contem os projetos de cada setor.

JMJ

A Jornada Mundial da Juventude é um encontro internacional de jovens para celebrar a mensagem de amor, paz e união pregada por Jesus Cristo. Idealizada pelo beato João Paulo II, o encontro dura aproximadamente uma semana. A última edição da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu cerca de dois milhões de jovens do mundo inteiro.

O Brasil já vive o clima da Jornada, com a peregrinação da Cruz dos jovens e do Ícone de Nossa Senhora no Brasil. Os símbolos da JMJ percorrerão todas as dioceses brasileiras e os países do Cone Sul em preparação para a JMJ Rio2013. Para acompanhar de perto o trajeto da cruz, a JMJ Rio2013 lançou o aplicativo “Siga a Cruz” para tablets, Iphone e android. Também em preparação a este grandioso evento, está em andamento o Concurso para a escolha da letra do Hino da JMJ Rio2013 que, assim como a Logo, formam a identidade do evento.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Um país mobilizado pela oração!

 Em 2012, seremos convidados a estar em estado permanente de oração: será a Mobilização Nacional de Oração“Orai então para que o Senhor olhe para o seu povo” (Jd 8,32).

Em 2012, seremos convidados a estar em estado permanente de oração, pela reconstrução das nossas muralhas, uma obra espiritual  pela qual a Renovação Carismática Católica do Brasil passa. Será a Mobilização Nacional de Oração!

Cada estado será responsável por pelo menos um dia no mês. Neste período, deverá manter o maior número possível de servos (intercessores ou não) orando em todas as dioceses do Estado, revezando-se de hora em hora. Os núcleos das coordenações estaduais e diocesanas, bem como dos Ministérios, devem prioritariamente participar desta mobilização.

Prepare o seu coração e a sua oração baixe o subsídio completo e entenda melhor o projeto!

Confira a motivação redigida pelo coordenador nacional do Ministério de Intercessão, Luiz César Martins:

A RCC do Brasil está vivenciando um tempo de reconstrução onde todos os seus membros são chamados a olhar para dentro de si mesmos a fim de identificar brechas que precisam ser reparadas pelo Senhor. Ele mesmo está nos concedendo este tempo de reparação onde cada um de nós precisa dar uma resposta bem concreta no sentido de iniciar um projeto de vida que nos levará a uma conversão sincera e progressiva.

Sabemos, no entanto, que o nosso combate espiritual sempre provoca uma reação do inimigo e, por isso, precisamos estar alertas e em posição de batalha. Não podemos de forma nenhuma dar qualquer chance ao maligno e, portanto, é imprescindível a nossa mobilização no sentido de oferecer resistência àquele que investe contra os filhos de Deus.

Quando meditamos o livro de Neemias, podemos ver que, quando souberam que o povo estava determinado em prosseguir na obra da reconstrução e percebendo os progressos já alcançados, os inimigos uniram-se com a intenção de impedir a reconstrução. Logo que Neemias soube da intenção dos inimigos, imediatamente convocou todo o povo para resistir aos ataques e motivou-os para se unirem em oração.

Por isso, a exemplo de Neemias, queremos também convocar todos os carismáticos do Brasil para uma grande Mobilização Nacional de Oração onde cada um dos membros da RCC do Brasil está convidado a iniciar este combate que deve acontecer essencialmente com a oração.

Vamos iniciar a partir do dia primeiro de janeiro de 2012 onde a RCC em cada Estado deverá responsabilizar-se por, pelo menos um dia no mês, manter o maior número possível de servos (intercessores ou não) orando em todas as dioceses do Estado, revezando de hora em hora.

Acreditamos no poder da oração, por isso já glorificamos o Senhor pelos resultados que esta mobilização produzirá em nosso movimento e em nossa vida pessoal.
Louvado seja o Senhor!

Luiz César Martins
Ministério de Intercessão RCCBRASIL

Como encontrar a pessoa certa?

Ao ler o título deste artigo você pensou que aqui estariam os "10 passos para encontrar o amor da sua vida", ou a mágica para "o amor aparecer em 3 dias", ou ainda uma fórmula do amor (A+B= amor) atenção: o amor não é macarrão instantâneo que em 3 minutos está pronto para ser devorado. Não há fórmula! Mas há desafio!

Amor é aventura, é desafio para corajosos!

No mundo existem aproximadamente 7 bilhões de pessoas: uma delas é a pessoa que Deus pensou para você. Essa pessoa está dentro de uma área de 510,3 milhões de Km², em algum dos cincos continentes, trabalhando, estudando e até dormindo em algum dos 195 países. E você tem a simples tarefa de "encontrá-la".

Sim, estamos sempre à procura, mas "Não se perca na busca!"

Antes de encontrar a pessoa certa é preciso se tornar a pessoa certa. Torne-se o homem ou a mulher que Deus o (a) chamou a ser. Descubra-se como alguém que sabe que preenchimento e plenitude só encontramos em Deus. Não espere que outra pessoa o (a) complete. Deixe que Deus faça isso.

O que quer dizer ser a “pessoa certa”?

"Certa" não é perfeita é ser gente, que ama, acredita e, melhor ainda, se percebe amada pelo Amor – com letra maiúscula mesmo.

Será que estou com a pessoa certa? Antes respondamos: sou a pessoa certa? Uma vez respondida essa pergunta, vamos à segunda: Esta pessoa é a certa para mim?

São Paulo nos diz em (1 Cor 13,7) "(O amor) Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta"
Se é amor, tudo des - culpa. Reconhecer a culpa quando ela é real, mas perdoá-la.
Se é amor, tudo crê. Não dá pra levar um namoro quando há desconfiança. É só desgaste.
Se é amor, tudo espera. Nem é preciso falar que o verdadeiro amor espera. Então, castidade, é o parâmetro para um namoro bacana.

Se é amor tudo suporta. Namorar é fazer bem. Lugar de viver e também morrer. Nunca de matar!

Se ao submeter seu amor à prova dessas condições ele aguentar, você tem ao seu lado um grande amor.

Não tenha medo de fazer isso, porque "somente quando o amor é colocado à prova é que se pode ver seu verdadeiro valor"(João Paulo II).

E se a dúvida ainda bater à porta, saiba que " quando maior o sentimento de responsabilidade pela pessoa amada, mais verdadeiro é o amor".

Como eu disse no começo, para amar não existe receita, mais uma caminho a trilhar. Tá afim?

Adriano Gonçalves
Comunidade Canção Nova
blog.cancaonova.com/revolucaojesus

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Um gesto feito com o coração faz toda a diferença

Seja através da oração, do apoio ou de uma contribuição material, precisamos de você para que nossa missão possa ser executada.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Preocupações Exageradas

Quando Jesus nos deixou esse conselho tão sábio de não nos preocuparmos antecipadamente com o futuro, Ele não estava querendo dizer que não devemos nos preparar para o dia de amanhã e fazermos planos para o futuro, mas nos aconselhava a não ficarmos ansiosos e preocupados. O fardo de amanhã, acrescentado ao fardo de ontem e carregado hoje, faz com que desperdicemos energia, fiquemos nervosos e ansiosos e nos impedirá de ver a beleza e as oportunidades que o dia de hoje nos reserva.

Outro dia estava lendo um livro e deparei-me com umas palavras de Thomas Carlyle, um escritor e historiador escocês: “O nosso principal objetivo não é ver o que se encontra vagamente à distância, mas fazer o que se acha claramente ao nosso alcance.”                                                                  

O melhor meio de nos prepararmos para o futuro é nos concentrarmos com todo o nosso entusiasmo, com toda nossa inteligência, com todo nosso empenho no trabalho, ou nas atividades que estivermos realizando hoje, para que  sejam  o melhor possível.

Lembremos sempre que tudo o que fazemos nós o fazemos sob o olhar de Deus, então procuremos fazer tudo com amor, com zelo, guardando a fé no coração, considerando cada dia de nossa vida como um presente de Deus. Deveríamos começar o dia com a oração do Pai Nosso, onde nós pedimos ao Pai só o pão de cada dia, a sua bênção, a sua proteção, a sua providência para o dia de hoje.

Lembro também de um cântico que diz: “Um dia de cada vez”, onde se pede ao Senhor para nos ajudar a viver bem esse dia, viver com o coração agradecido, vivê-lo com a sua bênção e contando com a sua força.

Lembro ainda das palavras de um outro escritor e pensador,  Robert Louis Stevenson: “Todos podem carregar o seu fardo, por mais pesado que seja, até o cair da noite. Todos podem realizar o seu trabalho, por mais árduo que seja, durante um dia.Qualquer um pode viver, doce, paciente e amorosa e puramente até o pôr-do-sol. E isso é tudo o que a vida realmente significa.”’

Cada dia constitui uma vida nova para aqueles que andam com o Senhor, pois a cada dia a sua misericórdia, o seu amor e a sua providência se renovam. Digamos como o salmista: “Este é o dia que o Senhor fez: seja para nós dia de alegria e de felicidade. Senhor, dai-nos a salvação; dai-nos a prosperidade, ó Senhor! “  Sal 117, 24-25. Que as palavras desse salmo e, principalmente, as palavras de Jesus nos motivem a viver cada dia de nossa vida como sendo um dia muito especial, um dia propício para celebrarmos a nossa fé em tudo que fizermos, em tudo que dissermos, em tudo o que nos acontecer.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Jovens curados, jovens sarados

Estou escrevendo este artigo num tempo muito especial em minha vida. Tempo de crescimento, de visita de Deus, de união com o Senhor em meu sofrimento.

Com nove meses de casados, eu e Tiba sentimos que estava na hora de ter nosso primeiro filho. Rezamos, entregamos tudo a Deus e o milagre da vida aconteceu: eu estava grávida. Meu Deus, quanta alegria! Vibramos, louvamos, cantamos, fizemos festa na presença daquela vidinha dentro de mim. Porém, na sexta semana da gestação, sofri um aborto espontâneo. Eu, que nunca havia sido internada, precisei permanecer por cinco dias no hospital. Nesse tempo, o que mais doía não eram as agulhas do soro ou a curetagem pela qual eu haveria de passar, mas a perda de algo tão querido e desejado. Isso, sim, parecia uma ferida aberta que só poderia ser curada pelas mãos de um médico especial.

E Ele veio em nosso auxílio, dando-nos força, coragem e consolo sem igual. Também deu-nos o desejo de acreditar novamente na vida, e a vontade de não desistir.

Aproveitando-me desse fato, digo a você que não dá para ser um jovem curado se não for pela experiência com Deus. Somente Seu amor e Sua misericórdia são capazes de nos fazer sarados, curados, totalmente restaurados de qualquer situação que tenhamos vivido. Saiba: não existe nada em sua vida que não possa ser transformado por Deus se você quiser e deixar Ele agir.

Ser um jovem sarado é antes de tudo ser um jovem transformado por Deus. Pois, quando Ele age em nosso interior, todo o exterior transborda, reflete essa luz, esse brilho que vem da ação de Deus em nós.

Neste mês, já se passaram três meses da perda de nosso primeiro filho. Agora podemos investir em uma nova gravidez, nos abrirmos novamente à vida e sempre de acordo com a vontade de Deus. Rápido assim? Não, não estamos apressados, apenas sarados pelo amor de Deus.

Andréa Taisa de Moura Camargos
Comunidade Canção Nova
blog.cancaonova.com/bemdahora

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

VAMOS RECRISTIANIZAR O NATAL!

É Natal! Época de festas. Que maravilha! É o momento de montarmos a árvore e o presépio.

Tempo de comércio movimentado e aberto até mais tarde. É preciso pensar nos presentes e ir às compras: vamos comprar brinquedos, comprar roupas novas, sapatos novos (que bom que tem décimo terceiro!!!).

É Natal! Época de comidas típicas! A televisão vai começar aquela maratona das mesmas matérias: que roupa vestir, que maquiagem fazer, o que preparar para a ceia, e depois vai nos ensinar como perder os quilos extras adquiridos nos dias de fartura, vai dar dicas de como curar a ressaca... Tudo tão apropriado...

SERÁ???

Olhemos bem à nossa volta. Por que a festa que deveria ser sinônimo de simplicidade, singeleza, transformou-se neste festival de consumismo? Por que tanto estresse? Por que tanta correria? Por que tanto nervosismo?

Olhemos a expressão de cansaço dos funcionários das lojas e supermercados, que têm que atender com solicitude e paciência clientes estressados, mal-humorados! Olhemos para as ruas e os shoppings tomados por uma grande multidão afoita!

Olhemos para as ceias: comidas e troca de presentes!

E o mundo fica vermelho e branco. Basta dar um passo e damos de cara com o Papai Noel: nas vitrines, nos supermercados, nas farmácias, nos postos de gasolina. Por todos os cantos lá está o “bom velhinho”. O grande personagem da festa. O quê? O grande personagem da festa? Mas que heresia!

Sim, uma grande heresia que infelizmente vem sendo propagada cada vez mais.

Um dia, eu vi uma reportagem na TV na qual uma criancinha era questionada sobre o que era o Natal, e ela não hesitou em responder: “é a festa do Papai Noel” (assim, como para tantas e tantas outras crianças a Páscoa é a festa do coelhinho).

Nada mais natural do que ela pensar assim, porque para onde quer que olhemos lá está ele, parado, dançando, cantando...

Não, eu não vou discutir a figura do Papai Noel, até porque dizem que lá na origem (das origens) ele tem inspiração cristã. Seria um bispo generoso. Mas a lógica que faz dele hoje um personagem tão famoso é essa? A caridade cristã? Sinceramente, duvido. E cá entre nós, está certo isso? Está certo o Natal se transformar numa data tão comercial e o Papai Noel ser o grande destaque?

E JESUS? Que lugar Ele tem em seu próprio aniversário? Seria mais um personagem para decorar o presépio? É nisso que se transformou o nosso Natal? O que está acontecendo conosco? Por que deixamos as coisas chegarem a este ponto?

Que lastimável! Uma festa Santa, ser marcada desta forma pelo consumismo, bebedeiras, mortes no trânsito. Festa marcada pelo estresse, cansaço, esgotamento total. E o pior de tudo: lamentavelmente, é preciso dizer que isso ocorre em muitos lares cristãos, de católicos que frequentam a missa todo domingo.

Temos que mudar isso! Temos que recristianizar o Natal! E não somente o Natal, mas a Páscoa, o dia de 12 de Outubro, de Nossa Senhora Aparecida. O primeiro dia da Semana, o Domingo da Ressurreição, Domingo do Senhor.

Temos que recristianizar a cultura. Viver a Cultura de Pentecostes, na qual o centro é Jesus Cristo, Senhor, Salvador que nos foi dado numa simples manjedoura. Pobre do nascimento à morte. Manso e humilde! Sendo Deus não quis se valer de sua condição.

Não é justo, não é certo que o Seu nascimento tenha perdido o verdadeiro significado. Nossas consciências não podem estar tão anestesiadas. Temos que reagir!

Claro, não vamos conseguir convencer o mundo neste Natal. Mudar um cultura leva um certo tempo. Mas que tal começar por nossas casas, nossas famílias? Que tal fazer da noite de Natal uma verdadeira festa cristã? Que tal falarmos francamente sobre isso em nossos Grupos de Oração e propormos a mudança?

Temos que ensinar a nossas crianças o valor verdadeiro desta festa. Que ótima oportunidade de evangelizarmos nossos pequenos (e também os adultos).

Aqui, faço uma breve partilha: Eu aprendi sobre Jesus quando era pequena. Minha mãe falava sobre Ele, e com apenas três ou quatro anos de idade (até onde posso lembrar, mas creio que ela falasse antes) eu já sabia que Deus tinha vindo à terra. E aquilo me encantava. Eu ficava imaginado onde Ele tinha morado. O que Ele tinha feito enquanto viveu aqui. Eu queria saber no que Ele tinha tocado, onde tinha pisado. Eu aprendi a amar Jesus quando era criança. E ainda hoje recordo desse sentimento. Ele permaneceu em meu coração esses anos todos e sempre sustentou minha fé. Todas as vezes que eu tive crises de fé, sem exceção, eu me lembrei do que aprendi sobre Jesus quando muito pequena. Sou capaz de me lembrar até mesmo das palavras de minha mãe.

Partilho isso para testemunhar que vale a pena, que é preciso sentar e falar de Jesus para as nossas crianças. Contar a história Dele. Linda história! Elas têm o direito de saber quem é o aniversariante desta festa. Elas têm o direito de conhecer Jesus Cristo!

Jesus tem que ser o centro de tudo em nossas vidas, e tem que ser o centro desta época do ano. Vamos recristianizar o Natal!

Vamos fazer um grande louvor ao Pai porque há dois mil anos Ele nos enviou seu Filho amado, para que tivéssemos vida. Ele nos deu o maior presente que poderíamos receber. Deu-nos, por meio de Jesus Cristo, acesso irrestrito ao seu Trono, nos resgatando da morte eterna.

Vamos fazer de nossas ceias uma festa cristã. Celebrar o nascimento do nosso Senhor. Vamos fazer programações de Natal em nossos Grupos. Vamos convidar o bairro inteiro. Vamos partilhar mais. Ajudar os irmãos necessitados, mas não apenas doando alimentos e sim falando do Senhor do Natal, porque eles não têm fome apenas de pão. Vamos recristianizar o Natal!

Que isso inquiete em nossos corações... Inquietação santa, necessária!

Que o Espírito Santo nos conduza a vivermos um Santo Natal, honrando e glorificando o Filho Amado do Pai. Nosso Senhor e Salvador que desceu do céu para nos tirar do poder da Morte. A Ele, Jesus, o Senhor, toda honra, toda glória, todo louvor! Amém!

Lúcia Volcan Zolin

Coordenadora Nacional da Comissão e do Ministério de Comunicação

sábado, 26 de novembro de 2011

Para a Igreja já é Ano Novo!!!

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Advento, a realização e confirmação da Aliança

É uma trajetória que passa pela fidelidade a Deus e ao próximo

Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.
A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.

Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.

Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.

Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.

Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.

Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.

Saiba mais sobre o Advento

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Geração do Matrimônio

Por Carl Anderson

Dentre as muitas coisas que nos fazem lembrar João Paulo II, certamente está sua capacidade de falar aos jovens. A instituição da Jornada Mundial da Juventude, uma tradição mantida por Bento XVI, revelou-se uma ocasião de ensinamento, uma forma de comunicar-se com as futuras gerações de pais católicos, sacerdotes e religiosos.

Uma recente pesquisa conduzida pelos Cavaleiros de Colombo e pelo Marist Institute for Public Opinion evidencia a importância de comunicar às novas gerações de católicos. O resultado do estudo, aplicado a jovens americanos nascidos entre 1978 e 2000, chamados de millennials, revelou elementos de esperança, mas também de preocupação pela Igreja Católica, que devem ser levados em consideração pelos evangelizadores católicos ao lidarem com os jovens.

Um fato encorajador revelado pela pesquisa é o de que entre os millennials que se identificaram como católicos não apenas os católicos praticantes 85% disseram crer em Deus. Suas proridades são o matrimônio e a proximidade com Deus. Cerca de 82% destes jovens acredita que a importância do matrimonio tem sido subestimada, enquanto mais de 60% consideram práticas como o aborto e a eutanásia moralmente erradas.

Estas são boas notícias. Mas o que verdadeiramente preocupa é que 61% dos jovens entrevistados acreditam ser justo para os católicos praticar mais de uma religião. Quase dois terços deles se consideram mais espirituais que religiosos, enquanto que 82% consideram as questões morais relativas.

Estes não são problemas teóricos, são fatos concretos. E são fatos sobre os quais Bento XVI, com uma incrível capacidade de antevisão, já antecipava há 5 anos.

Durante a cerimônia fúnebre de João Paulo II, num dos dias que antecederam sua eleição papal, o então cardeal Joseph Ratzinger alertou contra a ditadura do relativismo.

Disse: Ter um fé clara, segundo o Credo da Igreja, é frequentemente rotulado de fundamentalismo. Enquanto que o relativismo isto é, deixar-se levar por qualquer vento de doutrina aparece como a única atitude adequada aos tempos modernos. Assim se constrói uma ditadura do relativismo, que nada reconhece como definitivo e que estabelece como última medida apenas o eu e suas vontades.

Uma outra medida

Como alternativa a uma tal visão distorcida de mundo, ele propõe uma outra medida: o Filho de Deus, o verdadeiro homem. Ele é a medida do verdadeiro humanismo. Adulta não é a fé que segue as ondas da moda ou as últimas novidades; adulta e madura é a fé profundamente enraizada na amizade com Cristo. É esta amizade que nos abre a tudo o que é bom, e nos confere critério para decidir entre o verdadeiro e o falso, entre o engano e a verdade.

altEsta geração busca o amor. Quer o matrimônio isto é, o amor verdadeiro mais do que qualquer outra coisa. Vê que o amor no matrimônio tem sido desvalorizado.

Em uma entrevista concedida a uma publicação alemã, Bento XVI ilustrou mais precisamente como colocar em prática a solução proposta. O que é necessário disse ele é apresentar o que de positivo e de feliz a vida cristã pode oferecer.

Em particular, disse ele: O cristianismo, o catolicismo, não é uma acumulação de proibições, mas sim uma opção positiva. E é muito importante que esta concepção seja restaurada, uma vez que, nos dias de hoje, está quase completamente desaparecida. Falou-se tanto sobre o que não seria permitido, que agora precisamos dizer: temos uma proposta positiva: o homem e a mulher são feitos um para o outro, existe uma escala por assim dizer: sexualidade, Eros, Ágape, que são as dimensões do amor. E assim se constitui inicialmente no matrimônio o encontro pleno de felicidade entre um homem e uma mulher, em seguida a família, que garante a continuidade através das gerações, e na qual se realiza a reconciliação entre as gerações. Por isso, primeiramente, é necessário deixar claro aquilo que defendemos.

Recentemente, o Papa retomou esta mensagem aos bispos da Escócia, acrescentando: Estejam certos de apresentarem este ensinamento de modo que seja reconhecido como a mensagem de esperança que é.

Aos olhos de um grupo que considera o matrimônio como a mais alta das prioridades e que entende que seu valor é subestimado pela sociedade, uma Igreja que proclama a beleza do sentido cristão do matrimônio é uma Igreja que apresenta uma mensagem capaz de reverberar pela futura geração de pais católicos.

Este é precisamente o caminho indicado por Bento XVI.

Alguns descrentes dirão que os jovens não querem ouvir. Mas o fato é este: quase dois terços dos jovens entrevistados disseram estar muito interessados em aprender mais sobre sua fé.

Este é o motivo pelo qual a elaboração do documento que trata da questão da família, a cargo do Conselho Pontifício para a Família, é tão importante.

Cabe a nós apresentar a fé de um modo que faça sentido para as vidas dos jovens católicos, e não melhor maneira de fazê-lo que recorrendo à riqueza teológica e pastoral dos ensinamentos de João Paulo II e Bento XVI mostrar aos jovens como construir matrimônios felizes, sadios e, definitivamente, santos.

Fonte: Zenit.org

sábado, 19 de novembro de 2011

Atentos à tentação

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Na nossa vida íntima com Deus, somos muito visados pelo diabo

Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor como um leão que ruge, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na fé, certos de que iguais sofrimentos atingem também os vossos irmãos pelo mundo afora (I Pedro 5, 8-9).

Este não é basicamente um passo para nos aproximarmos de Deus, mas é um alerta para não nos distanciarmos d'Ele. O diabo existe, sim, a Palavra revela isso claramente nesse trecho da Carta de São Pedro. Como o próprio nome do maligno diz, ele é o divisor. Ele quer nos dividir na nossa fé entre o crer e o não crer, entre o confiar e o desconfiar. Por isso, São Pedro coloca em sua carta: Resisti-lhe, firmes na fé, certos de que iguais sofrimentos atingem também os vossos irmãos pelo mundo afora. Até mesmo para pararmos com a auto piedade e o pessimismo na nossa vida.

O Altíssimo nos deu a graça de sermos chamados filhos d'Ele, por essa razão o maligno, que é o inimigo de Deus, nos quer devorar. Contudo, o demônio não se apresenta como o nosso inimigo; pelo contrário, apresenta-se como o nosso melhor amigo, aquele que nos satisfaz naquele momento. Na verdade, ele não é o nosso inimigo declarado, nós é que o somos, pois não queremos a mentira na nossa vida, sendo ele o pai desse mal.

Somos humanos e caímos muitas vezes, mas, todas as vezes em que isso acontecer, devemos aguentar firmes na fé, pois é no nosso momento de queda, de fraqueza, de tristeza, que a tentação vem e nos pergunta: Onde está o vosso Deus? No deserto, Jesus estava com fome e foi tentado pelo diabo: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Nesse momento, Cristo se coloca não como o Filho de Deus, mas como um verdadeiro homem, provando-nos que somos capazes de resistir à tentação quando verdadeiramente confiamos em Deus: Não se vive só de pão, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus (Mateus 4, 1-11).

Na nossa vida íntima com o Senhor, somos muito visados por satanás, pois ele quer nos provar que Deus não existe, que ele é que é o deus, apresentando-nos outros deuses, outras religiões, outras formas de conseguir a felicidade, de termos riquezas materiais, de sermos o centro, de sermos deuses também. Na verdade, ele quer desmoralizar o Senhor, destruindo eu e você, fazendo-se de carneirinho, mas a Palavra diz que o demônio é um leão que ruge querendo devorar-nos.

Quanto mais renunciarmos ao diabo, tanto mais nos aproximaremos de Deus. Não que o Senhor se separe de nós; nós é que, pelo dom da nossa liberdade, nos distanciamos d'Ele. Se você quer cortar toda a aproximação do diabo na sua vida, todas as suas artimanhas dele, reze agora renunciando a ele e a todos os seus espíritos malignos:

Em Nome de Jesus, pelo poder das Cinco Chagas de Jesus, por intercessão de Nossa Senhora, que esmagou a cabeça da serpente, eu renuncio a satanás, autor e pai de todo mal e de toda mentira. Renuncio a todas as suas façanhas na minha vida e a todas as sua falcatruas. Renuncio a todos os espíritos malignos e a toda contaminação que eu possa ter recebido de lugares ou coisas que eu fiz na minha vida. Renuncio a todo tipo de culto que eu possa ter feito a satanás e a seus anjos, consciente ou inconscientemente.

Neste dia, eu assumo o Senhorio de Jesus na minha vida, sobretudo o que eu tenho e tudo o que eu sou. No meu passado, na minha história, no meu presente e no meu futuro. Eu sou de Jesus, inteiramente de Jesus.

Deus é meu Pai, Jesus é meu Irmão e Salvador; o Espírito Santo é o meu Companheiro e Santificador; Maria é minha Mãe e Intercessora. Amém. (Renove as promessas do seu Batismo rezando o nosso Credo).

Pe. Anderson Marçal - Com. Canção Nova
http://blog.cancaonova.com/padreanderson

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A Igreja Católica é dona de muita riqueza?

Muito se fala sobre a riqueza da Igreja, o ouro do Vaticano etc. A Igreja, incumbida por Jesus de levar a salvação a todos os homens, precisa de um “corpo material”, sem o qual não pode cumprir sua missão. O Vaticano possui cerca de 180 núncios  apostólicos espalhados pelo mundo. No ultimo Concilio, o do Vaticano II, Papa João XXIII reuniu cerca de 2.600 bispos de todas as nações, no Vaticano, durante 3 anos… Que chefe de Estado faz isso ?

Em 1870, na guerra de unificação da Itália, a Igreja perdeu seu território pontifício de 40 mil quilômetros quadrados; ficando apenas com o pequeno espaço de hoje: 0,44 Km², em 1929, pelo Tratado do Latrão. Os objetos contidos no Museu do Vaticano foram doados aos papas por cristãos e pertencem ao patrimônio da humanidade. De acordo com o Tratado de Latrao, a Igreja não pode vender ou doar qualquer bem que esteja no Museu Vaticano. Não há motivo, portanto, para se falar, maldosamente, da “riqueza do Vaticano”. Qualquer chefe de Estado, de qualquer pequeno país, tem á sua disposição, no mínimo, um avião. Nem isso, o papa tem.

Além disso, o Vaticano tem um órgão encarregado da caridade do papa, o Cor Unum. No final de cada ano, é publicada no jornal do Vaticano, oL’Osservatore Romano, a longa lista de doação que o papa faz a todas as nações do mundo, inclusive o Brasil, especialmente para vencer as flagelações da seca, fome, terremotos etc. São doações que o papa faz com o chamado “óbulo de São Pedro”, arrecadado dos fiéis católicos do mundo todo.

A  Igreja Católica, nestes dois mil anos, sempre fez e fomentou a caridade. Muitos hospitais, sanatórios, asilos, albergues etc, são e foram mantidos pela Igreja em todo o mundo. Quantos santos e santas, freiras e sacerdotes, leigos e leigas, passaram sua vida fazendo caridade… Basta lembrar aqui alguns nomes: São Vicente de Paulo, D.Bosco, São Camilo de Lellis, Madre Teresa de Calcutá… a lista é enorme! Hoje, 25% de todas as entidades que assistem os aidéticos, são da Igreja. Nenhuma instituição fez e faz tanta caridade como a Igreja. Ela é muito rica sim, espiritualmente.

Na verdade, ela é rica desde sua origem, porque seu criador é o próprio Deus; é Dele que vem toda a sua riqueza. Ela é o próprio Corpo de Cristo (I Cor 12, 27). Ela é rica também porque é a Igreja dos santos, dos mártires, dos profetas, dos apóstolos, das virgens e viúvas santas, dos padres, dos pontífices, dos confessores, e de uma multidão de fieis que, no silencio da fé, oferecem suas vidas a Deus. Essa é a verdadeira riqueza da Igreja.

Professor Felipe Aquino
para Revista Canção Nova

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Somos os trabalhadores da última hora

Imagem de DestaqueNós estamos, graças a Deus, no tempo da misericórdia, tempo em que o Senhor se põe de braços abertos para acolher a todos que vêm a Ele. Deus é sempre misericordioso, mas também é justo. Haverá um momento em que Ele vai precisar usar da Sua justiça; por isso, volte agora para o Senhor! Ele está esperando por você e pelos seus.

Nós estranhamos a conclusão do Evangelho em que o proprietário sai em busca de operários para sua vinha (cf. São Mateus 20, 1-16). A uva tem que ser colhida no tempo exato, por essa razão ele vai de madrugada procurar trabalhadores, e volta às 9h, ao meio-dia, às 15 e às 17h. Por que ele volta tantas vezes? Porque ele é o dono da vinha e os cachos de uva têm que ser colhidos, pois não podem se perder. É por essa razão que ele vai buscar operários também às 17h.

Há um outro aspecto muito importante nesse Evangelho: vou falar de nós operários que o Senhor manda buscar porque não quer perder suas "uvas". Você é operário do Senhor até mesmo em gratidão por ter sido "colhido" e trazido de volta a Ele. Você é chamado a ser evangelizador e entrar no trabalho do Senhor.

Na Igreja há lugar para todos, mas, na evangelização, vocês leigos podem ir aonde os bispos e nós padres não podemos; em primeiro lugar, na sua família, você é o primeiro apóstolo dela; você pai, mãe, filho. Existem muitos filhos que ainda precisam ser "colhidos" pelo Senhor. Você é o apóstolo da sua casa, você é o evangelizador. Dizemos que "santo de casa não faz milagres", mas a grande arma não está na boca, em você ficar falando com a pessoa, mas a grande arma está nos joelhos: reze, reze, reze! Chegue até a cama de seu filho quando ele estiver dormindo e reze por ele.

Queira realmente que seu filho seja resgatado pelo Senhor, queira e não desanime; busque todas as ocasiões. Facilite para que ele se encontre com outros jovens em tantos movimentos que o Senhor tem suscitado na Igreja d’Ele. Você verá o efeito que isso fará. É preciso que você queira a salvação de seus filhos.

Quantos filhos e quantas filhas precisam resgatar o pai e a mãe também. Infelizmente, há muitos pais que na nossa cultura são “durões” e não vão à igreja, e precisam ser resgatados pelo Senhor; eles não podem se perder, e é claro que você não quer que eles se percam. E não basta que eles sejam “bonzinhos”, eles precisam voltar a Deus, aos sacramentos. Se nós rezarmos ao Senhor pelos nossos pais e avós, o Senhor buscará o momento para salvá-los, nem que seja o último dia.

Meu irmão, é preciso trabalhar e querer a salvação de nossos entes queridos! Você está em lugares aonde nós padres não podemos chegar, e você precisa também ser o evangelizador onde você trabalha e para as pessoas que Deus coloca em seu caminho. Precisamos querer a salvação deles, nesses lugares, você está perto dessas pessoas e pode lhes falar e agir. Primeiro a sua própria presença, como alguém do Senhor, incomoda, por isso, você não pode ser uma pessoa chata. Pois só de não se comportar como os outros, você acaba sendo um estranho no "ninho" e isso incomoda.

Nós não somos “carolas” como eles dizem, mas eles também reconhecem que nós fazemos a diferença; e é assim que precisamos ser, pois quando a “coisa aperta” eles buscam a nós. Reze e não perca a ocasião, pois você é apóstolo da última hora, realize a sua missão.

Meus irmãos, está na hora de acordarmos e darmos tudo de nós, pois o Senhor nos dará o pagamento “daquele que trabalhou o dia todo”. O Senhor quer dar esse pagamento a você, comece onde puder começar; e se você ainda não tem o aprendizado de como levar o Evangelho, fale daquilo que você é hoje, daquilo que você conseguiu; a vida fala mais que mil palavras.

São Paulo fala: “Irmãos: Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1,20c-24.27a). O grande apóstolo foi como um bom operário que não deixou nenhum “cacho de uva” se perder. E ainda diz que só uma coisa importa: viver à altura do Evangelho de Cristo. Diga ao Senhor: “Senhor, é isso que eu quero ser pela Sua graça. Amém!

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Padre Jonas Abib
pejonas@cancaonova.com
Fundador da Comunidade Canção Nova e Presidente da Fundação João Paulo II. É autor de diversos livros, milhares de palestras em áudio e vídeo, viajando o Brasil e o mundo em encontros de evangelização. Acesse:wwww.padrejonas.com

sábado, 12 de novembro de 2011

Podemos venerar as imagens dos santos?

Desde os primeiros séculos os cristãos pintaram e esculpiram imagens de Jesus, de Nossa Senhora, dos santos e dos anjos, não para adorá-las, mas para venerá-las. As catacumbas e as igrejas de Roma, dos primeiros séculos, são testemunhas disso. Só para citar um exemplo, podemos mencionar aqui o fragmento de um afresco da catacumba de Priscila, em Roma, do início do século III. É a mais antiga imagem da Santíssima Virgem. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) traz uma cópia dessa imagem (Ed. de bolso, Ed. Loyola, pag.19).

É o caso de se perguntar, então: Será que foram eles "idólatras" por cultuarem essas imagens? É claro que não. Eles foram santos, mártires, derramaram, muitos deles, o sangue em testemunho da fé. Seria blasfêmia acusar os primeiros mártires da fé de idólatras. O Concílio de Nicéia II, em 787, declarou:

"Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos Padres, e da Tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como a representação da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, quanto a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos" (Catecismo da Igreja Católica, nº 1161).

Deus nunca nos proibiu de fazer imagens, e sim “ídolos”, deuses,  para adorar. O povo de Deus vivia na terra de Canaã, cercado de povos pagãos que adoravam ídolos em forma de imagens (Baals, Moloc, etc). Era isso que Deus proibia terminantemente. A prova disso é que o Altíssimo ordenou a Moisés que fabricassem imagens de dois querubins e que também pintassem as suas imagens nas cortinas do Tabernáculo. Os querubins foram colocados sobre a Arca da Aliança. Confiar essas passagens: Ex. 25,18s, Ex 37,7; Ex. 26,1.31; 1 Rs. 6,23; I Rs 7,29; 2 Cr. 3,10.

Da mesma forma, Deus Pai mandou que, no deserto, Moisés fizesse a imagem de uma serpente de bronze (cf. Nm 21, 8-9), que prefigurava Jesus pregado na cruz (cf. Jo 3,14). Que fique claro, Deus nunca proibiu imagens, e sim, "fabricar imagens de deuses falsos". Mas isso os cristãos nunca fizeram porque a Igreja nunca permitiu. As imagens sempre foram, em todos os tempos, um testemunho da fé. Para muitos que não sabiam ler, as belas imagens e esculturas foram como que o Evangelho pintado nas paredes ou reproduzido nas esculturas. Vitor Hugo dizia que as igrejas eram “Bíblias de pedra”. As imagens nos lembram que aqueles que elas representam chegaram à santidade por graça e obra do próprio Deus, são exemplos a serem seguidos e diante de Deus intercedem por nós.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Como curar o ressentimento?

A primeira coisa a fazer para curar um coração ressentido é um diagnóstico claro do problema que mais nos aflige. Como vamos tratar um problema se não conhecemos suas causas? Muitas vezes, para se chegar ao diagnóstico de alguma doença física gasta-se muito tempo, dinheiro, paciência, estudo e, acima de tudo, persistência e perseverança, tanto do médico como do paciente.

Para a cura do ressentimento, o procedimento é bastante parecido. A primeira coisa a fazer é avaliar os sentimentos estragados. Que sentimentos são esses? Que tipo de estrago têm? O que está causando o estrago? De onde provêm os sentimentos negativos? Desde quando estou me sentindo assim? Lembro-me de algum fato relacionado ao sentimento estragado? É um sentimento racional ou irracional, isto é, mais instintivo do que real? Será que não estou olhando para o problema com lentes de aumento? Ou o problema é realmente sério e perturbador?Desejo realmente a cura ou prefiro manter o sentimento estragado como estratégia para ataques ou defesas futuras?

Essas são algumas das perguntas as quais precisamos responder para tentar formular um diagnóstico mais próximo da realidade. E nunca podemos nos esquecer de que aqui estamos falando de problemas íntimos, de feridas interiores, de mágoas nem sempre muito conscientes. Mas, na medida do possível, é preciso diagnosticar para fazer o prognóstico correto, o tratamento adequado, eficiente e eficaz.

É bom lembrar que essas perguntas deverão ser aplicadas às situações que realmente necessitam ser trabalhadas. Não adianta nada a pessoa querer achar sentimentos estragados nas águas do passado. Aí o problema já precisa de outro tratamento.

Outra coisa importante a fazer é parar de alimentar os sentimentos negativos. Para se tornar ressentimento, esses sentimentos precisam de pensamentos negativos, palavras torpes, indelicadezas, hostilidades e outras atitudes semelhantes.

Considere ainda algumas coisas simples, mas fundamentais, para curar esse mal que tanto nos atrapalha: não queira achar que você está sempre certo e que o outro está sempre errado. Ninguém é tão perfeito nem tão imperfeito assim. Então, não é correto a pessoa ceder sempre (como se o outro nunca errasse). Isso provocaria outro problema sério: o sentimento de vítima, que acabaria gerando um complexo de inferioridade. É preciso descobrir a justa medida para se chegar à concessão mútua. Isso parece difícil, mas não é tão complicado assim. Basta termos critérios justos e estarmos desejosos de resolver o problema e não de complicá-lo ainda mais.

É preciso também chegar a uma hierarquia dos sentimentos. Existem coisas que precisam ser resolvidas com urgência. Tente descobrir quais os sentimentos estragados mais propensos a se tornarem ressentimento. Estes deverão ser os primeiros a ser atacados pela oração e pela ação de cura.

Se no seu grupo você já brigou com a maioria das pessoas, seja humilde e reconheça que o problema está com você. Ou será que você é o único certo e todos os outros estão errados? Aí somos como a mãe que voltou do desfile da escola de seu e disse ao marido: “Só o Juninho marchou direito”. Todos os outros colegas marcharam errado. E, coincidentemente, todos erraram ao mesmo tempo. Eles treinaram o erro. O Juninho se manteve firme e marchou direitinho. Só ele! Ora, não queira ser o Juninho, ou, pior ainda, a mãe do menino.

Se você sempre briga com a pessoa mais próxima (marido, esposa, filho, amigo, colega de trabalho) pelo mesmo motivo, repetidamente, é sinal de que o ressentimento já se instalou e que precisa ser tratado com urgência “urgentíssima”. Essa é uma ferida que precisa de tratamento adequado e eficiente.

A partir da constatação da ferida, passamos a aplicar sobre ela o remédio do perdão. Além do perdão e do amor incondicional, precisamos cultivar atitudes que nos levem a viver curados. É preciso ter coragem de ser diferente, e não viver como os pagãos, com o entendimento obscurecido (jeito simpático de chamar alguém de anta!) e o coração empedernido. Leia Efésios 4, 17-25.

Tempos aí alguns elementos muito práticos para uma vida restaurada. Como o próprio texto sugere, a cura do ressentimento é um processo longo, mas se não for iniciado nunca será concluído. Não podemos ter pressa, mas é preciso começar! O único jeito de perceber se estamos sendo curados ou não é pela qualidade de nossos relacionamentos. Na convivência, especialmente com aqueles que mais nos provocam, é que aprendemos a testar nosso coração. Na superação dos pequenos conflitos do dia a dia vamos nos preparando para as grandes batalhas de nossa história.

É fundamental perceber que uma das mais lindas obras que o Espírito Santo pode fazer em nossa vida tem a ver com a cura de nosso coração. Quando nos deixamos conduzir por Ele, vamos pouco a pouco matando as obras da resistência em nossa vida. Essas obras de resistência são exatamente as externalizações de um coração ressentido: inimizades, brigas, ciúmes, superstição, ódio, ambição, discórdias, partidos, inveja, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes (cf. Gl 5,20).

Os frutos do Espírito, ou seja, aquilo que produzimos quando deixamos o Espírito conduzir nossa vida, são exatamente tudo aquilo a que aspiramos e o que conseguimos produzir quando experienciamos a graça da cura do ressentimento. O bonito é que a partir da experiência da cura os próprios frutos que essa cura produz serão usados para curas posteriores. E isso é fundamental, pois ninguém no mundo está para sempre imunizado contra o ressentimento. Qualquer novo relacionamento, qualquer novo contato com as pessoas com as quais nos relacionamos são sempre possibilidades para o ressentimento.

(Trecho extraído do livro "A Cura do Ressentimento" do saudoso padre Léo - SCJ).

Padre Léo

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Por que não deve haver sexo antes do casamento?

Não há alguém melhor do que Deus, mais sábio, mais douto, mais santo e mais justo, e que nos ame mais do que Ele; logo, não pode haver leis melhores que as Dele. Uma delas é essa: não pecar contra a casti­dade. Quem vive a pureza é feliz.

Castidade é viver a vida sexual somente no casamen­to, pois só ali o sexo tem sentido pleno; é a manifestação de amor do casal e a gera­ção dos filhos amados. Fora do casamento (adultério) ou antes dele (fornicação), o sexo é uma desgraça, torna-se vazio e sem sentido.

A união íntima de um casal só tem sentido quando eles assumiram no amor um compromisso de vida para sempre, coloca­ram uma aliança nos dedos, o que signifi­ca que um pertence ao outro para sempre, diante de Deus e dos homens. Então, o ato sexual é o "selo" dessa união, da qual vão nascer os filhos de Deus.

O Papa João Paulo II disse no Brasil, em 1997, no Maracanã, que aqui, por causa do amor livre, há milhares de filhos órfãos de pais vivos. Que tristeza! O sexo fora do casamento pode trazer se­parações, brigas, doenças venéreas, gravidez indesejada, abortos provocados, etc. Deus é sábio, é Pai, nos ama; e a castidade é uma belíssima virtude que prepara os jovens para o casamento.

Um jovem que aprendeu a castidade enquanto solteiro será um côn­juge fiel ao outro porque aprendeu na luta, na oração, na vigilância dos sentidos vencer os mais baixos impulsos de nossas paixões. A castidade faz do jovem um forte, alguém que sabe se dominar. Diz o provérbio que mais vale aquele que domina a si mesmo do que aquele que conquista uma cidade. Por tudo isso a santa lei de Deus nos diz:

"Guarda-te, meu filho, de toda a fornicação: fora de tua mulher, não te autorizes jamais um comércio criminoso" (Tb 4,13). Mas o corpo não é para a fornicação, e sim para o Senhor, e o Senhor é para o corpo[ ... ] Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?[ ... ] Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo.

Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo" (ICor 6, 13-20). "Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, liber­tinagem" (Gl 5,19). E diz: "Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos" (Ef 5,3). Sejamos puros como os anjos.

por Professor Felipe Aquino
para Revista Canção Nova

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Por que celebrar o Dia de Finados?

portao ceu jesus cristo igreja catolica ordem franciscana canto da paz paraiso pazEstamos no Mês de novembro. Nesse mês, de modo especial no dia de finados, relembramos nossos familiares, amigos que partiram de nosso convívio. Para uns esse ato de recordar é tranquilo, sereno; para outros reabre às vezes feridas, renasce o pranto e prolonga a dor porque ainda não conseguiu aceitar a separação daquele ou daquela que partiu do convívio cotidiano. De um ou de outro modo o ato de recordar reacende a saudade, mas também a dor.

A visita que fazemos ao cemitério, as preces que elevamos a Deus, as velas que acendemos, as flores que oferecemos aos nossos entes queridos são um expressão do nosso amor e carinho a eles. Mas não apenas isso. É também expressão de nossa confiança em aqueles que não estão mais juntos de nós fisicamente, que não caminham conosco em nosso dia a dia, definitivamente, não morreram. Essa garantia é o próprio Jesus quem nos da: “aquele que crê em mim, mesmo que morra viverá eternamente” (Jo 11,25). Para os que acreditam a vida não se restringe no aqui e agora que vivemos na história, porém a vida se revela em algo muito maior. A vida apreciada no amor é, na fé, convivência eterna em comunhão com Deus. Essa é a esperança cristã que nos conduz a um olhar confiante e alegre a essa comunhão de amor que há de vir.

Todavia, a vida eterna, a salvação não é para ser buscada apenas depois da morte.  Essa busca deve começar aqui e agora. Trata-se antes de tudo de acreditar no chamado que Deus faz a nós em Cristo. Por meio do seu filho Deus nos põe em comunhão com Ele. Mas essa é uma verdade de fé. Assim como somente pela fé em Cristo e sob a ação do Espírito podemos conhecer quem é Deus, do mesmo modo é também pela fé que podemos ter acesso a essa verdade, ou seja, à vida glorificada.

Mas cuidado para não entender errado o que estamos falando. Quando digo que é preciso crer trata-se de acolher aquele que é o Senhor da vida em nossa vida e aceitar que sua Palavra seja “lâmpada para os nossos pés” no dia a dia. Trata-se de deixar que ela – a Palavra - transforme nossa vida a tal ponto que possamos também hoje amar como o Cristo amou e ama, perdoar, solidarizar, profetizar, enfim, servir e fazer o bem como ele o fez. Dessa maneira antecipamos desde já a convivência plena no amor de Deus.

O Cristo glorioso e ressuscitado não é outro senão aquele chorou diante de seu amigo Lázaro, que teve compaixão da multidão faminta, que caminhou em busca da ovelha perdida, que carregou a cruz até o calvário e lá foi crucificado e morto. Com isso quero dizer que seremos o que somos agora. Será eternizado o que agora vivemos e fazemos. Na verdade a promessa e garantia da vida eterna supõe um modo de viver. É um viver segundo Cristo ou como diz Paulo, “não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

Tudo o que expressamos é preciso ser visto em relação a outro ato de recordação e celebração que antecede o dia de finados: a Festa de todos os Santos. Louvamos e bendizemos a Deus por todos os santos. Mas quem são os santos? São nossos irmãos na fé que numa determinada viveram a fé em Cristo buscando fazer a vontade do Pai. É verdade que o número dos santos não são somente aqueles que a Igreja já os declarou. Vai muito além. Ser santo é um chamado dirigido a todos os homens e mulheres que ontem, hoje e amanhã peregrinam por esta terra (1 Cor 1,2). Nesse sentido podemos dizer que todos os nossos irmãos, amigos, familiares que não estão mais conosco já experimentam a alegria de ser santo como nosso Deus é santo em sua ressurreição. Essa mesma alegria somos nós convidados a experimentá-la em nosso caminhar cotidiano rumo à pátria definitiva. Isso implica fazermos o que já expusemos: viver em Cristo abraçado às tarefas do Reino de Deus. Para ser mais claro, viver a caridade com os irmãos, sobretudo, o pobre, o enfermo, o faminto, pois este rosto sofrido é o rosto mesmo de Cristo.

Que essa singela reflexão seja oportuna a você leitor (a) no sentido de cultivar não um sentido de desespero diante da morte ou ainda que lhe ajude a aceitá-la com um olhar sereno. De certa forma a morte é nossa parceira. Sem a morte e experiência da cruz não se experimentará a vida glorificada. Ao mesmo tempo ajude a examinar quais ações são prioritários em sua vida e se elas estão relacionadas às escolhas d’Aquele que nos chama a viver na santidade e nos assegura uma Vida plena, eterna e feliz. De uma coisa estou certo aquele que faz a vontade de Deus não ficará sem recompensa: o cêntuplo nesta vida e a vida eterna.

(fonte: www.dioceseprocopense.org.br/site/artigos/pealcides_finados.doc - autor: Pe. Alcides Andreatta . Mestrando em Teologia Pastoral . Belo Horizonte - MG)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

7 Bilhões no mundo e a farsa visando o Controle Populacional

Está repercutindo em todas as mídias a notícia do nascimento do Bebê número 7 Bilhões, que segundo a ONU nasceu nas Filipinas.

Como eu já previa, com essa informação repercute também a discussão levantada pela ONU: “Temos lugar pra tanta gente no mundo?”
Porém, atrás dessa pergunta não está a intenção de comemorar a vida no mundo, ou promover a partilha dos mais ricos com os mais pobres. É bem o contrário, a intenção é alarmar o mundo, a fim de chegarem em seus objetivos.

Fico me perguntando: se é impossível saber ao certo onde nasceu o bebê nº 7 Bilhões, criança não nasce com chip, por que não escolheram, então, um bebê de Nova York, São Paulo, Milão ou Paris? Escolheram justo um país Asiático?

Respondo: Para as atenções se voltarem para o Controle Populacional.

Resumindo a ideia é a seguinte: “Queremos o Controle Populacional, onde não haja lugar para miseráveis, pra isso precisamos diminuir a população pois queremos viver num mundo com pouca gente e excessivo conforto sem preocupar com os miseráveis; mas então o que vamos fazer? Vamos alarmar a população com números, promover o aborto, a cultura do filho único, do homossexualismo e dos contraceptivos.”

Professor Felipe Aquino é bem concreto e nos apresenta dados:

“Todos os países da Europa, estão com índice de natalidade insuficientes para manter a população. O mínimo necessário é de 2,1 filhos por mulher. O Brasil já atingiu este índice, o que indica que nossa população tende a parar de crescer. Todos os países europeus, bem como o Japão, estão com índices inferiores. Muitos desses países já estão fazendo campanha aberta e incentivada pelo aumento da natalidade.”

A França, só para dar um exemplo, passou a oferecer 750,00 euros (=R$2100,00), mensalmente, durante um ano, para a família que tiver o terceiro filho; e a mulher ganha ainda um ano de licença maternidade. Na Sicília, Itália, eu vi cartazes nos postes da rua convidando os pais a terem mais filhos para o bem da Itália.

Enquanto o Japão tem 300 pessoas por km quadrado, na América do Sul este índice não passa de 20 pessoas; isto é, somos um continente desabitado, em comparação com a Europa e Ásia. E no Japão não tem fome, sub-desenvolvimento e nem falta de escolas para as crianças e faculdades para os jovens como na América Latina. Logo, não é verdade que o grande número de pessoas seja a causa de subdesenvolvimento de uma nação. A Alemanha tem (229 hab/Km²), Israel (280), Itália (189), Inglaterra (240), Suíça (176), Bélgica (330) e são todos paises desenvolvidos. O Brasil 19.

Paulo VI dizia que não se trata de diminuir o número de comensais, mas de aumentar a comida.

O Relatório intitulado Estado da População Mundial, em 1987, da ONU, afirmou: “Depois da revolução verde, da biotecnologia, não se duvida mais que haja condições para acabar com a fome no mundo” (Folha de São Paulo, 15/06/87).

O mesmo Relatório da ONU ainda afirmava: “Há 453 milhões de toneladas de trigo, arroz e grãos estocados em todo o mundo, e os agricultores dos Estados Unidos e da Europa Ocidental são pagos para não produzir”.

Com 453 milhões de toneladas de cereais é possível manter alimentada uma população de 1,2 bilhões de pessoas, durante um ano inteiro, com um quilo de alimento diário para cada uma. Como falar em falta de alimento no mundo?

Dr. Pierre Chaunu, Phd da Sorbonne, em História Moderna, diz que o atual controle da natalidade é o pior problema da humanidade, pois considera isto a sua “própria destruição”; e fala em “suicídio demográfico”. Tudo começou com a pílula anticoncepcional, na década de 60, condenada pela Igreja; agora estamos colhendo os amargos frutos, 40 anos depois.

A Folha de São Paulo, em reportagem de 15/08/97, afirma que 40,2% das mulheres brasileiras que optaram por algum método de contracepção, fizeram a laqueadura. A revista Veja, de 13/08/97, nas pag. 34-36, publicou um artigo chamado Desafios de um País de Cabelos Brancos, onde mostra o rápido envelhecimento da população do nosso país e as suas sérias consequências.

A maior riqueza de uma família e de uma nação estão nas pessoas, nos filhos, então, não seja enganado; ‘teus filhos são a tua riqueza”.

Muitos no Brasil ainda não sentiram a importância desse assunto, mas em breve, sentiremos os seus efeitos.”

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SAIBA MAIS: http://blog.cancaonova.com/tiba/2009/10/20/de-onde-vem-o-movimento-mundial-a-favor-do-aborto/

http://blog.cancaonova.com/tiba/2009/09/28/surpreendente-a-verdade-sobre-o-aborto-o-que-esta-por-tras-parte-2/

sábado, 29 de outubro de 2011

“AMARRAM PESADOS FARDOS E OS COLOCAM NOS OMBROS DOS OUTROS” (Mt 23,4)

31º Domingo do Tempo Comum - A

Olá amigos Sentinelas da Manhã! Após duas semanas em que não pude, por motivos de saúde e de viagem, preparar este Papo de Domingo, retorno hoje com uma tarefa um pouco amarga... É!!! O Evangelho nem sempre é adocicado e Nosso Senhor, manso e humilde de coração, também sabe ser duro quando necessário, especialmente no tocante àqueles que são responsáveis pela condução de seu povo... Hoje Jesus exorta aos fariseus e doutores da lei... Mas sua exortação serve para todos nós, especialmente os que exercem cargos de liderança em sua Igreja.

O Farisaísmo

Os fariseus eram um grupo bastante importante para o judaísmo do tempo de Jesus. Eles surgiram logo após o Exílio da Babilônia, quando o povo de Deus, ansiava pelo retorno do Messias a fim de que restaurasse a soberania de Israel e lhe devolvesse o antigo brilho dos tempos de Davi e de Salomão. O grupo dos fariseus considerava ser necessário a prática fiel de todas as leis e costumes do judaísmo, a fim de que Deus pudesse enviar o seu Messias. Alguns chegavam a dizer que, se o Povo de Deus cumprisse a lei por no mínimo dois sábados, o Messias apareceria a Israel.

Isto não seria problema se as leis e costumes criados pelo Povo de Israel fossem simples... Não eram. As normas versavam sobre todos os aspectos da vida, e era praticamente impossível cumpri-las todas. Além disso, todas as leis eram tidas como sumamente importantes. Isso significava que, segundo a concepção farisaica, a mínima transgressão de um pequeno costume que fosse, implicava no castigo divino de todo o povo, que deveria aguardar por mais tempo a vinda do Messias.

Muitas pessoas não conseguiam cumprir essas normas, ou por impedimento de ofício, ou porque não se sentiam capazes de fazê-lo. Os pastores, por exemplo, não conseguiam cumprir a lei do sábado. Muitas viúvas, por não terem como se manter, eram obrigadas à prostituição. Os cobradores de impostos também eram tidos como pecadores inveterados. Estes e outros grupos de pessoas que não conseguiam cumprir a Lei eram excluídos do convívio social. A exigência quase doentia dos fariseus gerava angústia, exclusão, sofrimento e dor em muitas pessoas.

Para complicar as coisas, alguns fariseus conseguiam encontrar brechas na lei para burlá-la a seu favor, causando enormes injustiças. Por exemplo, havia uma lei orientando os filhos a sustentar os pais na velhice. Algo óbvio e sensato. Porém, segundo interpretações farisaicas, se o filho fizesse doação ao Templo, ficava isento dessa obrigação. Muitos idosos morriam às mínguas sem uma ajuda sequer de seus filhos.

Mas o Messias veio assim mesmo...

O Farisaísmo não percebeu o óbvio: Deus deseja muito mais do que o mero cumprimento de um conjunto de normas e regras. Deus deseja a justiça em todos os aspectos da vida humana. Por esse motivo, o Messias não esperou que o povo cumprisse todas as normas e regras da Lei... Ele veio para os pecadores mesmo.

Jesus subverteu toda a lógica farisaica e, ao invés de exigir a conversão dos pecadores para somente então se aproximar deles, foi ao encontro dos mesmos enquanto ainda estavam em pecado. Enquanto o farisaísmo passava a impressão de que Deus era um exigente juiz, Jesus revelou que Deus apostava na capacidade humana de sempre ser melhor, independente se esta pessoa estava longe ou perto do ideal. A prática de Jesus revelou que o amor, a misericórdia e a confiança dão mais resultado do que a cobrança, a exigência e a punição.

Jesus denunciou a prática farisaica, chamando-a de hipócrita. Hipocrisia significa julgar o outro como sendo inferior a si. Hipócrita é aquele que utiliza critérios baixos para selecionar as pessoas, condená-las, rotulá-las. O hipócrita não consegue perceber-se fraco. Considera-se totalmente fiel a Deus e, por isso, pode condenar os demais e desprezá-los, afinal, Deus está do lado dele. O hipócrita acha que Deus tem a obrigação de estar com ele porque ele julga estar com Deus e fazer exatamente o que Deus lhe pede. Jesus condenou esta prática, recusando-se a julgar os pecadores. Ao contrário, Ele juntou a adúltera do chão, entrou na casa de Zaqueu, aceitou que uma mulher de má fama lhe ungisse os pés com as lágrimas, acolheu o beijo de Judas, perdoou o ladrão arrependido. A atitude de Jesus revela postura diametralmente oposta à conduta farisaica – e esta é a postura de Deus.

Além disso, Jesus renovou a lei e lhe deu um sentido: o amor. Jesus revelou que há uma hierarquia nas normas dadas por Deus para a nossa vida. E a primeira delas, que subjuga todas as outras, é o mandamento do amor. Não há nada mais importante do que amar. Se amarmos a Deus e ao nosso próximo, cumpriremos toda a lei e viveremos exatamente aquilo que Deus deseja.

O risco do cristão...

Nós, cristãos, corremos o mesmo risco do farisaísmo. Não é raro encontrarmos “seguidores” de Jesus que assumem posturas legalistas. Acham que por cumprir uma série de normas da moral cristã estão de acordo com Deus e por isso podem viver tranquilas. Será que alguém, por melhor que seja, por mais que viva todas as normas da moral cristã, pode se colocar no direito de dizer que Deus está do lado dela, contra os pecadores?

Outra pergunta interessante: algum de nós consegue amar na mesma profundidade que nosso Deus Amor nos amou em Jesus Cristo? Porque essa é a moral do cristão – o amor aos moldes de Jesus! Nós amamos de modo limitado e por mais que nos esforcemos, jamais poderemos agir como Deus, porque Ele é o Senhor, nós, servos inúteis, que não fazemos nada mais do que deveríamos ter feito. Portanto, nada e ninguém têm o direito de se arvorar como o “dono de Deus”, condenado seus opositores. Repito: ninguém.

Também não é incomum encontrarmos “cristãos” que acham que não podem conviver com este ou aquele “tipo” de pessoa. Não é raro correntes “católicas” que se sentem no direito de julgar os próprios irmãos, colocando-se em um lugar que nem mesmo Deus, na pessoa de Jesus Nosso Senhor, quis para si. Pessoas que condenam movimentos e pastorais, julgam posturas eclesiais, acham que porque usam este ou aquele tipo de roupa, ou praticam esta ou aquela forma de piedade, ou porque fazem esta ou aquela opção social, podem excomungar todo o resto dos fiéis católicos. Estas e outras correntes excluem pessoas que nem sempre conseguem cumprir os ideais de seu grupo. Acham-se donos da moral, donos de Deus, considerando-se os únicos verdadeiramente fiéis ao Evangelho. E, em nome de suas posturas, excluem pessoas que não conseguem viver na integralidade seus ideais.

Irmãos! Jamais direi que não precisamos de normas, e que a moral não é importante. Ela é sim! Ela nos dá parâmetros e nos ajuda a viver o mandamento do amor. Não podemos questionar nossa moral! Mas não temos o direito de excluir pessoas porque elas não conseguem vivê-la! O que nos impede de convivermos com pessoas pecadoras? Elas não vivem nossas normas, mas não podem ser privadas do nosso amor. Aliás, todos nós fomos amados enquanto ainda éramos pecadores. Portanto, não podemos deixar de amar, se quisermos cumprir à risca a lei do Senhor. O amor é o cumprimento perfeito de toda a lei, de toda moral, de toda doutrina.

Mesa dos pecadores

A Eucaristia é a mesa dos pecadores reconciliados. Jesus a instituiu enquanto Judas estava prestes a traí-lo e Pedro estava a negá-lo. Deus não deixa de estar conosco mesmo quando somos pecadores. Ele se faz pão da vida, remédio que nos salva. Somos imperfeitos, porque somente Deus é perfeito. E a Igreja foi feita para nós. Jesus veio para os pecadores... Se quisermos que Ele esteja conosco, precisaremos reconhecer nossa imperfeição. Encerro com uma canção do Pe. Zezinho, gravada pelo Pe. Fábio de Melo. Meditemos sobre essa linda inspiração do Espírito:

Assista o Vídeo e ouça a canção

CANÇÃO DOS IMPERFEITOS

E se for pra semear a esperança num jardim

E se for pra desculpar uma criança eu digo sim

E se for pra perdoar não tenho escolha

Também sou pecador, também preciso de perdão

Não sou santo nem sou anjo e nem demônio eu sou só eu

Imperfeito, insatisfeito, mas feliz, aqui vou eu

Eu sou contradição, eu sou imperfeição, só deus é coerente

Já sorri, já fiz feliz, já promovi, já elevei

Já chorei. já fiz chorar, já me excedi, já magoei

Eu tenho coração mas sou contradição só deus acerta sempre

Por isso eu canto esta canção, canção de amor arrependido

Ao deus que é pai, ao deus que é paz, ao deus que é luz, ao deus que é vida

Pois quando a gente cai deus age como pai Perdoa, perdoa

E torna a perdoar e ensina como amar

Eu sou contradição eu sou imperfeição, mas deus, ele é perdão.

Composição: Pe. Zezinho, scj